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INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: TRIBUNA DO PARANA – Imagem: DivulgaçãoA Mesa Diretora da Câmara Municipal de Curitiba (CMC) admitiu quatro representações pela suposta quebra de decoro do vereador Renato Freitas (PT), relacionadas ao protesto contra racismo na Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Pretos,
que aconteceu no último domingo (06). A reunião da mesa foi realizada
presencialmente na manhã desta quinta-feira (10), no gabinete da
presidência.
A decisão da Mesa Diretora esclarece que foram
demonstrados requisitos que demonstram “violação ao Código de Ética e
Decoro Parlamentar” por parte do vereador Renato Freitas (PT).
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O
processo agora será enviado ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar,
para investigação que pode resultar em várias penalidades, entre elas:
censura pública, suspensão de prerrogativas regimentais, suspensão
temporária ou perda de mandato. Também há possibilidade de arquivamento
das representações.
O prazo máximo para a decisão do Conselho de Ética é de 90 dias
úteis, contados da notificação do representado, podendo ser prorrogado
por decisão do plenário pelo mesmo período, uma única vez.
O
presidente Tico Kuzma afirmou que “esta Casa já está apurando os fatos,
e, com a devida isenção, considerando que todos se submetem às leis,
garantirá um procedimento justo e adequado à legislação vigente”. Ele
ainda destacou que “o vereador representado poderá e deverá apresentar a
sua defesa e os seus argumentos, para que fique garantida a ampla
defesa e o contraditório”.
Melhor averiguação dos fatos
A
vereador Professora Josete (PT) optou por não assinar o documento. Ela
pediu para que fosse aberta uma sindicância na Corregedoria para melhor
averiguação dos fatos. Nesse caso, a corregedora teria até 30 dias úteis
para emitir um parecer. Segundo Josete, esse procedimento de encaminhar
direto do Conselhor de Ética nunca foi feito na Câmara Municipal.
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Depois
de um debate jurídico, com orientação da Procuradoria da Casa, os
demais integrantes da Mesa votaram contra as propostas de Josete.
Alexandre Leprevost disse que “os fatos estão consumados, que os vídeos
mostram claramente que tem autoria e materialidade” e ainda destacou que
o voto dele “é técnico, com base na lei, e não relacionado a qualquer
ideologia”.
Representações
A Mesa
Diretora da CMC admitiu quatro das cinco representações que recebeu
contra o vereador Renato Freitas. Entre as admitidas estão as dos
vereadores Eder Borges (PSD); Pier Petruzziello (sem partido); Pastor
Marciano Alves e Osias Moraes, ambos do Republicanos; e as dos advogados
Lincoln Machado Domingues, Matheus Miranda Guérios e Rodrigo Jacob
Cavagnari.
Os documentos protocolados alegam quebra de decoro
parlamentar. A Câmara também recebeu uma representação do PTB, mas a
peça foi inadmitida por não cumprir o requisito necessário – o autor
deve ser uma pessoa [física] e não um partido político.
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