quinta-feira, 10 de fevereiro de 2022

Vereador que participou de invasão em igreja durante protesto, em Curitiba, pede desculpas: 'Não foi intenção ofender o credo de ninguém'

By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: G1/PR Imagem: Divulgação
O vereador de Curitiba Renato Freitas (PT), que estava com o grupo de manifestantes que invadiu, no sábado (5), uma igreja no Centro Histórico da capital, pediu desculpas a pessoas que tenham se ofendido pela situação.
O caso aconteceu na Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, durante protestos de repúdio ao assassinato do congolês Moïse Kabagambe. 
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O padre Luiz Hass disse que celebrava uma missa no local e que precisou interromper o culto diante da entrada dos manifestantes no templo.
Na quarta-feira (9), Renato Freitas falou sobre o assunto durante sessão ordinária na Câmara Municipal de Curitiba. Ele participava de forma remota.
Renato é alvo de três representações de outros parlamentares, por quebra de decoro, por ter integrado o grupo que invadiu a igreja.  
“Algumas pessoas se sentiram profundamente ofendidas, e para essas pessoas eu sinceramente e profundamente peço perdão. Desculpa. Não foi, de fato, a intenção de magoar ou de algum modo ofender o credo de ninguém. Até porque eu mesmo, como todos sabem, sou cristão”, disse.
O vereador disse que a missa já havia sido encerrada quando "de forma espontânea, as pessoas entenderam que passar a mensagem da valorização da vida dentro da igreja seria adequado”.  
A entrada do grupo na igreja foi registrada em vídeos que circulam nas redes sociais. Padre Luiz Haas disse que os manifestantes permaneceram por cerca de 20 minutos na igreja, gritando muito. 
Denúncia de ataques racistas
Também na sessão de quarta-feira (9), a vereadora Carol Dartora (PT) denunciou ter recebido ameaças e ataques racistas. A parlamentar relatou ter recebido uma série de mensagens nas redes sociais a associando ao grupo de manifestantes que invadiu a Igreja.
Ela disse que participou da manifestação, mas afirmou que não estava entre s pessoas que entraram no templo religioso. 
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As mensagens recebidas por ela a chamam, por exemplo, de "macaca fedorenta" e "preta safada", os autores dos ataques afirmam ainda que a parlamentar "merecia estar na cadeia" e que ela "vai pagar pelo o que fez".
A assessoria da parlamentar informou que o material será encaminhado ao Ministério Público.
Carol criticou o uso político e a criminalização do protesto, que, afirmou, teve como objetivo denunciar o racismo e a violência contra o povo negro. 
Assista AQUI o vídeo. 
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