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INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: BANDA B – Imagem: DivulgaçãoO Partido dos Trabalhadores (PT) lamentou a invasão à Igreja Nossa
Senhora do Rosário, no Largo da Ordem, liderada pelo vereador petista
Renato Freitas neste domingo (06). Em nota, o partido afirma que não
participou “nem da organização nem da decisão de adentrar o templo
religioso”.
A ocupação aconteceu após protestos por conta da morte do congolês
Moïse Mugenyi Kabagambe, no Rio de Janeiro. Um vídeo mostra o vereador
de Curitiba discursando no interior da igreja com um megafone.
No comunicado, o PT diz ainda que defende a liberdade de expressão e a
liberdade religiosa, além de se solidarizar com a família de Moïse.
Para o partido, os vídeos da invasão “evidenciam que no momento em que
os manifestantes estiveram no interior da paróquia, a missa já havia
terminado e o templo estava vazio”.
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“O PT é defensor histórico da liberdade religiosa, aliás, entre outras
frentes de luta, o PT nasceu dentro das comunidades eclesiais de base e
das lutas pastorais, que é um partido plural e que reconhece na CNBB uma
importante aliada no combate ao discurso de ódio e de intolerância que
estão impregnados em nossa sociedade”, diz a nota.
Arquidiocese de Curitiba
A manifestação, que segundo a Arquidiocese de Curitiba aconteceu no
mesmo horário da celebração da Missa, foi repudiada pela instituição
nesta segunda-feira (7).
Em nota, assinada pelo arcebispo Dom José Antonio Peruzzo, os
protestos foram classificados como agressivos. Além disso, afirmou que a
Igreja Católica foi “profanada”.
Vereadores
Outros vereadores de Curitiba também se manifestaram sobre a invasão à Igreja Nossa Senhora do Rosário.
O vereador Eder Borges (PSD), que é vice-presidente do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara Municipal de Curitiba, disse à Banda B
na manhã desta segunda-feira (7), que vai entrar com uma representação
contra o vereador Renato Freitas e também contra a vereadora Carol
Dartora, ambos do PT.
Em nota, a assessoria da vereadora Dartora disse que ela não se manifestou dentro da igreja.
O vereador Pier Petruzziello disse que vai tomar as medidas necessárias para pedir a cassação do vereador Renato Freitas.
“Vereador deve lutar pela defesa do patrimônio material e imaterial de
sua cidade. Nesse caso violou os dois”, escreveu o parlamentar nas redes
sociais.
Já o presidente da Câmara Municipal de Curitiba, Tico Kuzma, repudiou
violações às liberdades religiosas e locais de culto e disse que os
fatos serão apurados pela casa legislativa. A declaração foi dada em
plenário durante a sessão desta segunda
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“No dia 05 de fevereiro de 2022, aconteceu em Curitiba uma
manifestação convocada por Movimentos Sociais, para repudiar o brutal
assassinato de Moïse Kabagambe, ocorrido em 24 de janeiro no município
do Rio de Janeiro. Moïse era um jovem congolês, refugiado no Brasil,
país no qual, junto de sua família, buscou amparo e melhores condições
de vida. O jovem foi espancado até a morte por reivindicar salário que
estava em atraso. Foi vítima de racismo, xenofobia e aporofobia, por
algozes que continuam a reproduzir a ideologia escravagista.
No último sábado, aconteceram em diversas cidades do país, e até
mesmo de outros países, manifestações para cobrar justiça e denunciar o
racismo estrutural que lamentavelmente faz parte de nossa sociedade.
Em relação ao ato público que ocorreu em Curitiba, a Comissão
Executiva Estadual do PT do Paraná lamenta o episódio e esclarece que
não participou nem da organização nem da decisão de adentrar o templo
religioso. Há, por parte da imprensa tendenciosa, a manipulação de fatos
para prejudicar o Partido dos Trabalhadores, pois os vídeos evidenciam
que no momento em que os manifestantes estiveram no interior da
paróquia, a missa já havia terminado e o templo estava vazio.
Aproveitamos para reafirmar nosso compromisso com o direito à
vida e contra toda e qualquer forma de discriminação. Defendemos a
liberdade de expressão, nos solidarizamos com a família de Moïse e
repudiamos o racismo e a xenofobia que devem ser extirpados de nossa
sociedade, com uma luta diária e permanente, que deve contar com o
afinco de todos e todas.
O PT é defensor histórico da liberdade religiosa, aliás, entre
outras frentes de luta, o PT nasceu dentro das comunidades eclesiais de
base e das lutas pastorais, que é um partido plural e que reconhece na
CNBB uma importante aliada no combate ao discurso de ódio e de
intolerância que estão impregnados em nossa sociedade.
Executiva Estadual do Partido dos Trabalhadores do Paraná
Arilson Chiorato, presidente do PT-PR
Angelo Vanhoni, presidente do PT Curitiba“
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