By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: CORREIO BRAZILIENSE – Imagem: Evaristo Sá (AFP)
O presidente Jair Bolsonaro negou nesta quarta-feira (18/8)
responsabilidade pelo aumento de preços em itens como gás de cozinha e
gasolina. O mandatário alegou ainda que governo federal "não é o vilão" e
voltou a culpar os governadores por medidas adotadas em meio à pandemia
de covid-19, na tentativa de diminuir o número de infecções pela
doença. As declarações ocorreram durante cerimônia de entrega do módulo B
do Residencial Cidadão Manauara II, em Manaus, Amazonas."Os momentos são difíceis, mas com fé, determinação e
garra, nós superaremos esses momentos. Sabemos que a inflação está
batendo na porta de vocês. Mas lá atrás, grande parte dos nossos
governadores, da nossa mídia querida, disse que deveríamos respeitar
aquela máxima do 'fique em casa que a economia a gente vê depois'. A
economia está batendo na porta de todos nós agora", justificou.
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Bolsonaro repetiu que teve poderes "alijados"
pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em meio ao vírus no
país e apontou que os líderes estaduais jogaram 40 milhões de
brasileiros na miséria com a adoção de medidas restritivas, mas que o
governo "fez a sua parte" criando o auxílio emergencial."Nós não paramos. Apesar de estarmos praticamente
alijados do combate à pandemia a não ser enviando recursos para estados e
municípios, trabalhamos, criamos projetos para manter empregos. Nós
terminamos 2020 com mais gente com carteira assinada do que quando
findou 2019. A grande queda na renda de vocês, em grande parte, era de
pessoas sem carteira assinada, mas que trabalhavam na informalidade, foi
o fato de obrigarem vocês a ficarem em casa, ao decretarem toque de
recolher, lockdown e confinamento. Essas pessoas jogaram praticamente na
miséria em torno de 40 milhões de pessoas no Brasil. O governo federal
fez sua parte, criou o auxílio emergencial", reforçou.
O STF ressaltou no último dia 29 que não excluiu o presidente da tomada de ações para combater a pandemia. Em
um vídeo publicado nas redes sociais, o STF destacou que "não proibiu o
governo federal de agir na pandemia" e que "uma mentira contada mil
vezes não vira verdade".
A decisão da Corte foi de que as medidas adotadas pelo
governo federal para o enfrentamento do novo coronavírus não afastam a
competência concorrente nem a tomada de providências normativas e
administrativas por estados e municípios. Ou seja, tanto Bolsonaro quanto governadores e prefeitos poderiam implementar políticas para fazer frente à pandemia.
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Ainda durante o evento, o chefe do Executivo destacou
ter "um governo que olha para os mais humildes e para os mais
necessitados".
O mandatário falou do aumento do botijão de gás e
afirmou que impostos estaduais, preço do frete e a margem de lucro são
fatores que encarecem o item. "Hoje, muitos reclamam, e com razão, do
preço do botijão de gás na casa dos R$ 130, realmente é um absurdo. Mas
dizer a vocês que o botijão custa na origem R$ 45 e que o governo
federal simplesmente zerou o imposto federal para o gás de cozinha. Se
chega a R$ 130, a responsabilidade não é do governo federal. São
impostos estaduais, bem como frete e margem de lucro".
Sobre o aumento da gasolina, repetiu que não é o vilão
da história. "Muitos também reclamam e com razão, do preço da gasolina.
Quero dizer a vocês que hoje em dia, o litro da gasolina é vendido na
refinaria na casa de 1,95. Se está R$ 6, R$ 7 o litro, que é um absurdo,
o imposto federal na casa dos R$ 0,70, vamos ver quem está sendo o
vilão nessa história. Não é o governo federal".
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