Em protesto, familiares de adolescente que morreu após ingerir cocaína acusam PM

By: INTERVALO DA NOTICIAS

Texto: BANDA B – Imagem: Daniele Sevieri (Banda B)

Familiares e vizinhos do adolescente, de 16 anos, que morreu após ingerir cápsulas de cocaína, na última sexta-feira (18), se reuniram em protesto, no início da noite desta terça-feira (22), na avenida Pero Vaz de Caminha com a rua Arcésio de Barros Lima, no bairro Tatuquara, em Curitiba. De acordo com testemunhas, ele teria sido obrigado a engolir 16 cápsulas da droga durante abordagem policial.

Milena Gmach, irmã da vítima, acredita que o amigo que acompanhava o adolescente durante a abordagem é quem estaria em posse da cocaína e com a aproximação da viatura teria jogado as cápsulas no chão. “Meu irmão sofreu uma abordagem da polícia, enquanto estava com um amigo dele, que acho estava com algumas cápsulas da droga e jogou no chão. 

Na hora da abordagem, a polícia achou as cápsulas e fez meu irmão engolir todas elas, se não ele iria preso. Ele engoliu e correu para dentro de casa. Chegaram a rasgar a roupa dele e quebrar a bicicleta”, contou Gmach.

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Logo após voltar para casa, o adolescente teria desmaiado e sofrido uma parada cardíaca. “Ele acabou desmaiando e quando vi já estava praticamente morto. Ligamos para o Siate, que conseguiu reanimá-lo. Levaram ele para o hospital, onde no sábado pela manhã ele teve mais uma parada e acabou morrendo. Foi uma injustiça o que fizeram com ele”, afirmou a irmã.
Um morador da região, que preferiu não se identificar, explica que viu toda a abordagem e que um dos policiais teria perguntado ao adolescente se ele preferia comer a droga ou ir preso. “Vi que o policial encontrou as cápsulas de cocaína e colocou na mão dele dizendo a seguinte frase: ‘você prefere ser preso ou prefere comer?’. Pelo desgosto que ser preso iria gerar em sua família e em todo mundo, ele optou por comer e foi liberado”, relatou.
A Polícia Militar esteve no local do protesto e não foi necessário nenhuma intervenção. O caso está sendo investigado pela Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
A reportagem da Banda B entrou em contato com a Polícia Militar que informou que se manifestará a respeito do caso em breve.

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