By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: PARANA PORTAL – Imagem: Divulgação
Agora, estelionatários acessam o aplicativo de conversas da vítima e disparam pedidos de depósitos em dinheiro para a lista de contatos – é o golpe do WhatsApp.
É tudo tão bem elaborado que a vítima entrega seus dados aos estelionatários, sem a menor desconfiança.
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Um ponto em comum que liga as
vítimas é que todas elas fizeram algum anúncio em plataformas de vendas
pela internet.Primeiro a vítima faz um anúncio em um site de compra e venda na internet. Assim que ela posta as informações do produto que quer vender, com os seus dados pessoais como nome e telefone, a quadrilha imediatamente faz o contato, através do telefone anunciado.
O golpe é tão organizado que fica fácil convencer a vítima de que trata de um funcionário da plataforma de anúncios, informando os dados da venda. É nesse momento que os bandidos convencem o anunciante do produto que é necessário acessar um código que será enviado por SMS para validar o anúncio.
A quadrilha passa então a ter total controle do aplicativo de WhatsApp registrado no número do celular da vítima, que fica sem o acesso.
Os criminosos disparam mensagem para os contatos registrados no celular, geralmente parentes e amigos próximos, pedindo o depósito de um valor em dinheiro a fim de atender uma emergência.
Foi exatamente o que aconteceu com o consultor de carreiras, Cassiano Marcelus Ferreira. Minutos depois da publicação do anúncio da venda de um carro, em uma plataforma de compra e venda de veículos, a quadrilha entrou em contato, com todas as informações relacionadas ao carro e a postagem do consultor.
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Se passando por um funcionário da plataforma, o estelionatário pediu
para que ele validasse o código de verificação enviado por SMS e assim
confirmar anúncio no site. Sem desconfiar de nada, Cassiano fez a
verificação e perdeu o acesso ao WhatsApp logo em seguida.ALERTA
Para o delegado aposentado e agora consultor na área de crimes digitais, Demétrius Gonzaga de Oliveira, os criminosos passam boa parte do tempo garimpando anúncios de potenciais vítimas.
Demétrius explica ainda que esse tipo de fraude pode ser evitada com o simples processo de dupla checagem disponível nas configurações do WhatsApp.
O especialista orienta que as vítimas busquem imediatamente uma delegacia para o registro do boletim de ocorrência além de alertar por outros canais do ocorrido. “Quanto mais rápido a pessoa informar à sua rede de contatos de que o WhatsApp está nas mãos de bandidos, maiores as chances da quadrilha não conseguir receber os depósitos”, explica Demétrius.
Assim que entendeu o golpe, o consultor Cassiano avisou seus contatos pelas redes sociais. Ele conta que vários amigos começaram a ligar pra saber o motivo do pedido de dinheiro. Um dos amigos do consultor chegou a conversar com a quadrilha e a combinar o pagamento.
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“Meus amigos
começaram a me ligar pra entender o que estava acontecendo e por sorte
ninguém fez o depósito”, desabafa.Para a diretora do Procon-PR, Cláudia Silvano, é preciso investir em informação. “É muito importante que antes de qualquer negociação de compra e venda pela internet, o consumidor fique atento às informações de fraudes nas próprias páginas que fazem intermediação desse tipo de negócio”. Sempre que o consumidor se sentir lesado pode buscar orientações no Procon da sua cidade ou pela plataforma www.consumidor.gov.br.
Demétrius explica ainda que além do boletim de ocorrência, a vítima precisa entrar em contato com o aplicativo e solicitar o bloqueio da conta. Geralmente o WhatsApp exige uma prazo de 7 dias para reconfigurar a conta e liberar novamente o aplicativo para o usuário. A reportagem do Paraná Portal fez contado com a empresa do aplicativo, mas até o fechamento da matéria, não obteve resposta.
Além disso é importante acionar a operadora do celular e autoridades de proteção ao consumidor, bem como bancos e instituições financeiras. Quanto mais dados referente à origem da quadrilha e ao destino dos depósitos, mas rapidamente as investigações podem alcançar os criminosos.
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