By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: G1 – Imagem: Divulgação
Investigação da polícia aponta que a organização criminosa ligada ao
jogo do bicho que criou uma milícia para executar inimigos e desafetos
em Mato Grosso do Sul, após matar por engano o filho de um ex-policial
militar, que seria o verdadeiro alvo, ofereceu apoio e uma mesada, ao
pai da vítima.
O estudante Matheus Xavier, de 19 anos, foi morto no dia 9 de abril deste ano, com tiros de fuzil AK-47,
no bairro Jardim Bela Vista, em Campo Grande, quando manobrava a
caminhonete do pai, o ex-capitão da Polícia Militar, Paulo Roberto
Xavier.
Segundo relatório do Grupo Armado de Repressão a Roubo a Banco e
Resgate a Assaltos e Sequestros (Garras), o ex-policial militar era o
verdadeiro alvo da organização criminosa.
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A investigação aponta que o homem apontado como chefe da organização criminosa, o empresário Jamil Name,
acreditava que Paulo Roberto Xavier tinha se aliado a um advogado, com
quem ele tinha tido um desacordo em negociação de fazendas que
pertenceram ao reverendo Moon localizadas em Jardim e em Campo Grande.
O advogado de defesa da família Name, Renê Siufi, disse ao G1
que as acusações de que seus clientes lideram a organização criminosa é
uma “piada” e que está sendo apresentada somente a versão do Ministério
Público. Disse que em juízo, Jamil Name e Jamil Name Filho,
apresentarão os esclarecimentos necessários.
Em relação a acusação de que Jamil Name teria dado a ordem para matar o
ex-policial militar Paulo Roberto Xavier, disse que não sabe nada a
respeito e que seus clientes negam qualquer envolvimento com esse e
outros crimes.
Paulo Roberto Xavier, de acordo com a investigação, já era conhecido da
família Name. Ele tinha, inclusive, trabalhado como segurança do
segundo homem na hierarquia do grupo criminoso, Jamil Name Filho. Foi o
ex-policial militar que presenciou a briga entre ‘Guri’, como era
conhecido Name Filho, e o empresário Marcelo Colombo, o ‘Playboy’, em
uma boate em Campo Grande, em 2013.
Testemunhas e investigados relataram à polícia, que por conta dessa
briga, que começou porque Colombo pegou um pedaço de gelo no balde de
bebidas de Name Filho, e terminou com ‘Playboy’ empurrando o rosto de
‘Guri’, teria sido dado a ordem de execução do empresário. Colombo foi morto no dia 18 de outubro de 2018, em um bar em Campo Grande.
Mesmo com a prestação de serviço para os Name, a investigação do
Garras, aponta que o ex-policial militar entrou na alça de mira da
família.
O Garras aponta que um dos supostos executores da morte por engano do
filho do ex-policial militar, o ex-guarda municipal José Moreira
Freires, o Zezinho, um mês antes do crime, rondou a casa do ex-capitão.
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Outro suspeito de ser o executor da morte do estudante, Juanil Miranda
Lima, também ex-guarda municipal, teria, inclusive, feito imagens do
local, para planejar o crime. Os dois têm prisão preventiva decretada
pela Justiça e estão foragidos. Na terça-feira (1º), a força tarefa que
investiga o grupo, ofereceu uma recompensa, no valor inicial de R$ 2
mil, por qualquer informação que leve ao paradeiro dos dois suspeitos.
Além de executores, para a investigação, Juanil e Zezinho participaram
ativamente do planejamento do homicídio. Eles contrataram um hacker para
conseguir acesso remoto ao celular de Paulo Roberto Xavier e ter a
localização exata do ex-policial militar. Ele estava dentro da casa,
quando o filho acabou sendo morto.
Paulo Roberto Xavier disse durante a investigação, que no dia seguinte a
morte do seu filho foi procurado por um policial civil, que trabalharia
também para a família Name. Esse intermediário disse que Jamil Filho
queria conversar ele.
O pai do jovem morto disse que achou estranho, porque já há algum tempo
não falava com a família e, à princípio, diz no relato aos
investigadores, que não suspeitou que o grupo pudesse ter relação com a
morte do seu filho. Somente depois, ele disse que começou a ligar os
fatos e concluiu que eles tinham envolvimento no crime.
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Segundo os investigadores, a morte por engano também foi sentida dentro
da organização. Uma testemunha relatou que o guarda municipal Marcelo
Rios, que seria o responsável por contratar os executores “ficou
desesperado” na semana do crime. Não dormia, não comia e chegou a falar
que a “cabeça dele iria rolar”.
A operação que levou a desarticulação da organização criminosa foi realizada na sexta-feira passada (28 de setembro), por uma força tarefa formada pelo Garras, Gaeco e Batalhão de Choque. Na ação foram presos o empresário Jamil Name e seu filho, Jamil Name Filho, quatro policiais civis, um policial federal, um militar do Exército aposentado, um funcionário de Jamil Name e guardas civis de Campo Grande, entre outros.
A representação que fundamentou os pedidos de prisão e de busca e apreensão, o Gaeco afirma que Jamil Name e Jamil Name Filho são os lideres da milícia e reforça essa argumentação apontado que a casa onde foi apreendido o arsenal pertence a família Name. Além disso, na casa onde estavam as armas foram encontrados bonés com câmeras ocultas, que tinham várias gravações que foram recuperadas pela perícia que citavam o nome de Jamil Name ou onde ele aparecia nas imagens
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