By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: G1/PR – Imagem: Divulgação
O ex-senador Romero Jucá (MDB) e Sérgio Machado, ex-presidente da
Transpetro, subsidiária da Petrobras, viraram réus na Lava Jato pelos
crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
A denúncia do Ministério Público Federal (MPF),
que aponta envolvimento dos réus em um esquema de corrupção na
subsidiária, foi aceita pela Justiça no dia 11 de junho, pelo juiz Luiz
Antônio Bonat, da 13ª Vara Federal de Curitiba.
Segundo a denúncia, Machado e Romero Jucá solicitaram pagamento de R$
22,4 milhões à empreiteira Galvão Engenharia, referentes a 5% de
contratos e aditivos firmados com a Transpetro.
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Ainda conforme a denúncia, em 2010, foram feitos pagamentos ilícitos de pelo menos R$ 1 milhão a Romero Jucá.
Os envolvidos no esquema, conforme a denúncia, se especializaram em
quatro núcleos de atuação: político, econômico, administrativo e
financeiro.
À época da denúncia, a defesa de Romero Jucá citou "absoluta falta de cuidado técnico por parte do MP".
Justiça Eleitoral
A defesa de Romero Jucá afirma que a denúncia deveria ter sido
oferecida junto à Justiça Eleitoral, pois se trata de imputações
referentes à área eleitoral.
Ainda conforme a decisão, a denúncia descreve acertos relacionados, à
negociação da função pública e ao repasse dissimulado de propinas.
Outro lado
A defesa de Sérgio Machado afirmou que o recebimento da acusação era um
ato esperado e disse que confirma a qualidade de sua colaboração
processual.
Veja, abaixo, a nota da defesa de Jucá:
Quando
do oferecimento da denúncia, em 3 de Junho, a defesa do ex-senador
Romero Jucá apresentou nota esclarecendo que vinha a público consignar a
absoluta falta cuidado técnico por parte do MP na recente denúncia, ali
apresentada, em que o MPF teve a ousadia de apresentar o Sr Sergio
Machado como uma pessoa séria e que supostamente falaria em nome do
ex-senador Jucá.
Ora
o Senhor Sergio Machado já deu inúmeras provas nos últimos tempos de
que sua palavra não tem nenhuma credibilidade, sendo que já houve até
pedido de perda dos benefícios de sua delação por entender a autoridade
policial que ele não dizia a verdade na delação.
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Acreditar
a essa altura que o Senhor Sergio Machado tinha tal posição e
proximidade com o ex-senador só pode ser imputado a essa sanha punitiva
que tem desmoralizado o trabalho da Operação Lava Jato nos últimos
tempos.
Ademais,
afirmar que a contrapartida para a fantasiosa corrupção teria sido a
indicação deste senhor para o cargo de presidente da Transpetro é , mais
uma vez, uma tentativa de criminalizar a política, tarefa a que os
membros da força tarefa se empenharam com vigor e que é um dos motivos
da canibalização das estruturas políticas que levaram o Brasil a
enfrentar esta quadra difícil, deprimente e punitiva.
Além
disso, vale consignar que mesmo aceitando o raciocínio do MP, que é não
verdadeiro, em respeito à decisão recente do STF, esta denúncia deveria
ter sido oferecida junto à Justiça Eleitoral, pois se trata de
imputações referentes à área eleitoral.
A
Defesa se reserva o direito de fazer os questionamentos técnicos no
processo reiterando a absoluta confiança no Poder Judiciário e
lamentando, mais uma vez, a ânsia abusiva de poder por parte do
Ministério Público.
Na
data de hoje, a imprensa noticia o recebimento da Denúncia, ou seja o
início da Ação Penal. Infelizmente, no sistema processual brasileiro, o
recebimento é um ato quase mecânico, feito sem que o acusado tenha
oferecido suas razões.
No
caso concreto o ex-senador Romero Juca sequer foi ouvido e a defesa
técnica não pode se manifestar, sequer sobre a competência da Justiça
Eleitoral, o que será feito oportunamente.
A
Defesa técnica lamenta, mais uma vez, o fato de ter sido levado em
consideração para a denúncia um depoimento de um delator absolutamente
sem credibilidade, principalmente neste momento em que cada vez mais as
'estranhezas' sobre as delações na Operação Lava Jato afloram, mas
reafirma a tranquilidade no direito do ex-senador e reitera a plena
confiança no Judiciário que certamente será imparcial e justo".
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