sexta-feira, 26 de julho de 2019

Departamento de Turismo da Unicentro reestrutura curso


By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: RADIO NAJUA Imagem: Élio Kohut (Intervalo da Noticias) e Rodrigo Zub (Rádio Najuá)

O Departamento de Turismo da Universidade Estadual do Centro-Oeste do Paraná (Unicentro) está promovendo a reestruturação de seu curso de graduação. Ele continuará sendo um bacharelado, mas terá sua duração reduzida de quatro para três anos.
Presente na instituição desde 2003 e oferecido no campus de Irati, o curso de Turismo já formou centenas de profissionais, que atuam nos mais variados ramos do turismo no Brasil e no exterior. Em 2016, obteve do INEP/MEC a conceituação como melhor Bacharelado em Turismo do Paraná, de acordo com o resultado do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade).
“É um curso de excelência, com um corpo docente de alta titulação e temos destaque nas diferentes atividades, sejam as práticas de ensino inovadoras, atividades de extensão e pesquisa”, afirma a professora Poliana Cardozo.
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A redução da demanda pelo curso – que, no ano passado, chegou a resultar no fechamento da turma do primeiro ano e cancelar o vestibular para o curso em 2018 – é apontada como um dos motivos para a reestruturação. Poliana, entretanto, assegura que a queda pela procura não se restringe ao curso de Turismo da Unicentro.
“Demos uma enxugada no nosso currículo de disciplinas, visando um curso mais ágil, mais rápido e mais voltado ao mercado de trabalho da nossa região. É um curso que vai formar especialistas em Turismo. Mas esse profissional vai ter trânsito em outras prestadoras de serviço. Existe um conjunto de disciplinas voltado à gestão de pequenos negócios, negócios familiares, com foco na prestação de serviços, que é um dos motores da economia de Irati e da região”, justifica.
As disciplinas do curso também se voltam às tecnologias de informação e de comunicação, como as de Turismo 4.0, Marketing Digital e Tecnologia de Informação e Comunicação, Gestão e Análise Financeira, Empreendedorismo. “É um curso tanto para aquelas pessoas que estão terminando o ensino médio e querem buscar um diploma que lhe dê flexibilidade no mercado, quanto para aquela pessoa que já está no mercado, mas quer ascender à gestão, à gerência. Que tipo de conhecimento ela precisa para ser o gerente de um negócio? Acreditamos que, a partir das disciplinas obrigatórias e optativas que vamos oferecer, ao fim de três anos as pessoas estarão aptas a ingressar nesse mercado”, diz.
A nova grade curricular ainda está em tramitação nas instâncias burocráticas da Unicentro, mas deve passar a valer já para os matriculados em 2020, ou seja, para quem for aprovado no próximo vestibular. Quem trancou o curso em algum momento e pretende voltar, ou quem faz Turismo em outra instituição e quer pedir transferência, em todo o caso, precisará fazer uma adaptação à nova matriz curricular.
Quanto ao mercado de trabalho em turismo em Irati e Prudentópolis (maiores municípios da região), Poliana aponta alguns aspectos que se diferenciam. “Na região em que Irati está inserida, indiscutivelmente, Prudentópolis é o município com maior destaque turístico, seja pelas suas características naturais seja pelas culturais. Contudo, Irati tem um mercado turístico um pouco diferente, que não se caracteriza necessariamente pelo turismo de lazer. Temos uma ocupação hoteleira bastante expressiva, haja vista os representantes comerciais e os profissionais que param em Irati para pernoitar e, a partir daqui, vão para outros municípios. E as pessoas que ficam aqui em Irati ou utilizam da nossa estrutura urbana e turística requerem serviços e facilidades como outros turistas: é preciso ter um restaurante aberto numa segunda-feira, seria interessante ter um local para tomar uma cerveja numa quinta à noite, ter hotéis de qualidade – como já temos – que possam receber essas pessoas. Nem todo turismo é de lazer”, pontua a docente.
Mesmo com a queda na demanda, o curso tem duas turmas em andamento em Irati (3º e 4º anos) e uma turma em Prudentópolis. A professora atribui essa queda brusca na procura pelo curso, ainda que tenha obtido bons resultados no Enade, a dois fatores: em primeiro lugar, pela crise financeira que reduziu a capacidade de investimento da Unicentro em publicidade para o concurso vestibular e para as ações desenvolvidas na instituição e, em segundo lugar, ao crescimento de instituições privadas e de ensino à distância, que acabam dividindo a “clientela”.
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Essa crise financeira, entretanto, não impacta na qualidade do curso. Segundo Poliana, os laboratórios físicos do curso não demandam investimentos dispendiosos. Também não há falta de professores nas disciplinar ministradas durante a graduação, seja de docentes do próprio Departamento quanto dos demais. “Nosso laboratório é, muitas vezes, composto por viagens de campo. Nem sempre nosso laboratório acontece dentro do campus, mas muitas vezes levamos os alunos para viajar. Inclusive, neste ano, há dois meses, levamos alunos de Prudentópolis a uma viagem para Buenos Aires (Argentina), que foi uma experiência super legal para os alunos, com a experiência de transporte aéreo e de viagem internacional, o que revoluciona o aprendizado do aluno do curso de Turismo”, exemplifica.
Poliana frisa que o aluno pode encontrar oportunidades dentro e fora da instituição já a partir do 1º ano do curso, além de, eventualmente, obter bolsas para projetos de extensão e de Iniciação Científica. Segundo ela, são formas de habituar o estudante à demanda do mercado e à rotina de trabalho e, ainda, de promover uma renda financeira que permita, ao menos, concluir o curso sem dificuldades.
Ouça AQUI a entrevista.


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