By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: FOLHA DE LONDRINA – Imagem: Divulgação
O consumidor residencial terá aumento de 1,85% e baixa tensão de 2,92%. O maior índice ficou para os consumidores de alta tensão (4,23%), que engloba grandes empresas e indústrias.
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O índice médio ficou abaixo da inflação nos últimos 12 meses, de
4,66% (IPCA).Apesar de menor do que a inflação, a alta deve trazer impacto no consumo das famílias. “Todo o reajuste tem um efeito negativo no consumo. Seja R$ 5 ou R$ 10 que vão para a conta de luz é dinheiro que não vai para outro lugar. Retira-se este valor do mercado. Por menor que seja, sempre haverá impacto”, comentou o economista Marcos Rambalducci, professor da UTFPR (Universidade Tecnológica Federal do Paraná) e colunista da FOLHA.
Mas a alta não deve significar aumento de preços de produtos. O economista acredita que em curto e médio prazo, a indústria deve absorver o reajuste da tarifa para garantir as vendas. “O consumidor não tem condições e não aceita a elevação dos preços dos produtos. As vendas estão estreitas e só deve repassar o custo quem não tiver mais como segurar”, afirmou.
A falta de demanda impede a escalada de preços de produtos e a indústria provavelmente, de acordo com Rambalducci, vai reduzir as margens de lucros. “O reajuste da energia elétrica não deve ter impacto imediato”, reforçou.
Para o cálculo do índice, a Aneel considerou a variação de custos da prestação do serviço.
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Segundo a agência, a alta da cotação do
dólar, moeda utilizada para calcular o valor da energia gerada pela
Usina de Itaipu, pesou no cálculo do índice de reajuste. Mas
contribuiu para um menor aumento a redução da CDE (Conta de
Desenvolvimento Energético), que se refere ao empréstimo feito pelo
governo federal em 2013 junto a bancos públicos e privados para o
reequilíbrio do sistema. Em março foi anunciado a antecipação do
pagamento do empréstimo. A medida representou uma redução de
-4,25% no reajuste.A bandeira tarifária contribuiu para reduzir em -4,81% o índice final. As bandeiras tarifárias garantem o repasse automático dos custos gerados pelo aumento da geração de energia pelas termoelétricas. “É uma proteção para eles (concessionárias de energia) e para nós, pois torna desnecessário a recomposição dos custos”, explica Rambalducci.
Em junho, a bandeira está verde, sem custo extra aos consumidores. A previsão de chuvas para o mês superou as expectativas no país. Com isso, diminuiu-se os custos relacionados ao risco hidrológico e à geração de energia de fontes termelétricas.
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