By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: REVISTA ISTOÉ – Imagem: Divulgação
A descoberta só veio à tona porque uma das filhas dos Turpin, de 17 anos, conseguiu escapar, telefonar para a polícia e denunciar a situação terrível em que ela e seus irmãos viviam. Interrogados, os pais não foram capazes de dar qualquer explicação razoável sobre os motivos para manter os filhos em situação tão precária. A polícia apurou que as crianças apanhavam regularmente. Os pais compravam comida e mostravam aos filhos, mas impediam as crianças de comer. Forçadas a dormir de dia, elas ficavam acordadas durante a noite. Os Turpin moravam em Perris desde 2014 e, até agora, não havia qualquer registro de incidentes na residência e nem na moradia anterior da família, em Murrieta, uma cidade próxima. Vizinhos se lembram de ter visto algumas das crianças ajudando o pai a cuidar da grama no jardim. Só puderam notar que elas pareciam abatidas e tristes.
Depois da prisão em flagrante, o juiz encarregado do caso fixou uma fiança de US$ 9 milhões para cada um dos pais, que podem ser condenados a até 90 anos de detenção por tortura e maus tratos de menores. Os Turpin eram donos de um colégio, o Sandcastle Day School, no qual David aparecia como diretor e cujo endereço registrado era a residência da família. Nenhum dos filhos frequentava escola: todos, supostamente, recebiam educação dentro de casa. O caso traz à tona situções recorrentes de abusos praticados por pais que se recusam a matricular os filhos em escolas regulares. “Há algumas situações que são realmente assombrosas”, disse Michael Hestrin, promotor do caso. “Estamos lidando aqui com uma experiência de absoluta depravação humana”.
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