terça-feira, 20 de dezembro de 2016

Prefeito de Araucária teria exigido R$ 500 mil para priorizar pagamento de empresa, afirma Gaeco



By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: BANDA B Imagem: Divulgação

O prefeito de Araucária, município da Região Metropolitana de Curitiba, Rui Sergio Alves de Souza (PTC),  preso na manhã desta terça-feira (20), comandava um esquema de concussão na prefeitura, que é quando um agente público exige vantagem indevida para si ou para outra pessoa. A fraude foi descoberta pela Promotoria do Ministério Público de Araucária com o apoio do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado). Segundo o coordenador do Gaeco, Leonir Batisti, o prefeito Rui exigia dinheiro de empresas com créditos a receber para dar prioridade de pagamento.
“O prefeito pedia dinheiro para liberar o pagamento de contratos prestados à prefeitura; ou seja, pedia uma contrapartida para colocar o pagamento da empresa que aceitava a chantagem na frente na fila de contas a pagar. Temos de concreto o pagamento feito pessoalmente ao prefeito ainda antes dele assumir a prefeitura em julho, quando ainda era vice. Esse pagamento foi feito e há gravação disso por uma empresa que venceu um processo de licitação”, afirmou o promotor. Segundo o Gaeco, o prefeito teria exigido desta empresa R$ 500 mil, mas teria recebido até agora uma das parcelas de R$ 20 mil.
A prisão do prefeito e do ex-secretário de finanças Fabio Antonio da Rocha aconteceu na manhã desta terça-feira dentro da “Operação Fim de Feira”, desenvolvida pelo, do Ministério Público do Paraná. Rocha teve a prisão temporária decretada. “O ex-secretário cumpria as ordens ilícitas do prefeito e cuidava da parte burocrática para promover o pagamento a essas empresas que aceitavam pagar o suborno”, afirmou Batisti. Segundo o Gaeco, até o momento, há a confirmação do crime de concussão em duas empresas, mas o MP acredita que o número de empresários que sofreram estas exigência ilícitas seja maior.
A prisão preventiva do prefeito e a temporária do ex-secretário foram determinadas pelo Tribunal de Justiça do Paraná, que, a pedido do Gaeco e das Promotorias de Justiça de Araucária, também determinou o afastamento do prefeito do cargo.  Ainda como parte da operação, foram cumpridos mandados de busca e apreensão, inclusive na residência do prefeito e em gabinetes da prefeitura, num total de 11 locais.
O prefeito preso foi eleito como vice, mas passou a ocupar a chefia do Executivo porque seu companheiro de chapa renunciou por questões de saúde. Agora, com o afastamento do prefeito, o cargo deve ser assumido pelo presidente da Câmara Municipal da cidade.
Servidores
Segundo o promotor de Araucária, David de Aguiar, há ainda a investigação de denúncias de que o esquema também envolveria servidores que foram exonerados ou dispensados de cargos de comissão. “Estamos investigando denúncias de que também servidores teriam sofrido a exigência de pagar determinadas quantias para conseguirem receber as rescisões. Mas isso o MP ainda vai apurar”, afirmou o promotor.
Prefeitura
O secretário de Comunicação de Araucária, Pedro Rodrigues, disse à Banda B que a cidade vive um dia de caos.  “São dez policiais do Gaeco recolhendo documentos e computadores, além de mandados de busca e apreensão em residências de Araucária e Fazenda Rio Grande. O prédio está fechado e os servidores aguardando no subsolo, a situação é bastante complicada. Enquanto o prefeito não for afastado, mesmo preso, ainda responde pelo município”, afirmou.
Rui Alves era vice-prefeito de Olizandro Ferreira (PMDB) e assumiu o cargo em julho deste ano após Ferreira renunciar por questões de saúde.
Assista aqui o vídeo da prisão do prefeito.

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