terça-feira, 18 de agosto de 2015

Catador doa roupas que ganha para quem precisa mais do que ele no RS



By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: G1 Imagem: G1


Em Rio Grande, na Região Sul do Rio Grande do Sul, um catador de lixo dá exemplo de generosidade. Idelsino da Silva, que há 28 anos trabalha recolhendo papel e papelão nas ruas, decidiu doar parte dos agasalhos que ganha a pessoas que precisam ainda mais do que ele.
A rotina de Idelsino começa cedo. Às 7h ele já está a caminho do Centro de Rio Grande, onde trabalha. Dirigindo uma Kombi, seu Décio, como é conhecido na cidade, vai e volta para a Vila Maria, onde mora. São cerca de 10 horas diárias catando os materiais que, depois, ele vende. Um trabalho que pode ser cansativo, mas que ele faz sempre com sorriso no rosto.
"Ele pega os papelões, conversa com todos, é amigo de todos. A gente tem muita confiança nele. Ele sobe, pega os papelões, desce (na loja). É uma pessoa maravilhosa, a gente adora o trabalho dele", diz a gerente de uma loja no Centro, Rosângela Costa.
Idelsino foi morar na rua depois de perder a família e a casa. E foi como catador que ele conseguiu ganhar um salário mínimo por mês. Há oito anos, ele adquiriu uma nova casa, comprado com dinheiro próprio. Ainda assim, continua recebendo doações de muita gente.
Como o volume de doações começou a aumentar, Idelsino resolveu encaixotar algumas coisas e passar adiante. Doar a quem precisa mais do que ele. "A gente tem que fazer com o coração, a gente tem que pensar que tem outras pessoas que, às vezes, estão piores que nós. Então por que não ajudar? Por que não fazer alguma coisa?", destaca o catador.
São roupas de adultos e crianças, calçados e até brinquedos que ele separa para doar. Recentemente, ele foi pessoalmente até o Banco Municipal do Vestuário, que hoje atende 950 famílias em Rio Grande, entregar suas doações. "É interessante destacar que o Idelsino, por todo o trabalho que faz na questão da reciclagem, ainda encontra tempo para lembrar da solidariedade", ressalta o coordenador do banco, Pedro Amaral.
"Meu plano é continuar trabalhando. Que Deus me dê forças e saúde para continuar na minha batalha, porque eu seu parar, aí tô morto", conclui Idelsino.

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