By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: Paulo Henrique Sava (Rádio Najuá) – Imagem: Paulo Henrique Sava (Rádio Najuá)
Na última sexta-feira, 05, a Rádio Najuá foi palco de mais um
encontro familiar. Depois de 38 anos de separação, Idalina do Carmo
Cabral, 43, reencontrou sua mãe, Sirley Aparecida Soares Hoffmann
Siqueira.
Idalina procurou a Najuá há cerca de
2 meses para procurar a sua mãe. Segundo as primeiras informações,
Sirlei estaria residindo em Foz do Iguaçu, o que não se confirmou
naquele momento. Posteriormente, ela descobriu que um dos seus irmãos
estaria residindo em Colombo, na região metropolitana de Curitiba.
Ela,
então, enviou um bilhete através de um motorista de ambulância do
município que passa constantemente por Irati. Para isso, Idalina contou
com a ajuda da Polícia Rodoviária Federal.
Emoção e reencontro
Assim que
recebeu a primeira ligação da mãe, Idalina marcou o reencontro, que
aconteceu nos estúdios da Rádio Najuá. Ela relata qual foi a sua emoção
ao rever sua mãe biológica.
“A emoção foi
bastante grande para mim, que não conhecia ela, não sabia quem era ela e
nem onde ela morava. Para mim, foi uma batalha muito grande para chegar
até aqui, mas graças a Deus este sonho está realizado”, conta Idalina.
Idalina
conta que procurou Sirlei por diversos lugares durante todo este tempo.
Ela comenta que pensou em desistir da busca diversas vezes, mas sempre
encontrou forças em outros reencontros para continuar.
“Fui
em frente, e graças a Deus hoje estamos todos aqui reunidos, porque
para mim não foi fácil, mas daqui para frente vai ser tudo alegria e
paz, e eu vou ficar com a minha consciência porque eu sei que agora eu
tenho uma família biológica e que eu posso entrar em contato com eles
quando puder”, disse ela, emocionada.
Entre
outras pessoas que ajudaram Idalina, ela citou suas comadres Zeza,
Arilda e sua patroa Adélia, além dos Policiais Rodoviários, que foram
essenciais nesta busca.
Luta e sofrimento
Dona Sirley comenta que procura Idalina desde que ela foi tirada dos seus braços aos 4 anos de idade.
“Eu
sofri muito e passei até fome e chegava a pedir comida quando estava a
procura dela. As pessoas me diziam que ela estava em um lugar ou outro,
mas eu não encontrava e perdia noites de sono, chegando a chorar no meio
da noite. É uma batalha, eu sofri muito, e hoje eu confesso que, por um
milagre divino, eu sou mais que vencedora em Cristo Jesus, porque eu a
encontrei”, ressaltou.
Sirley relata que,
durante diversas vezes, enquanto trabalhava na lavoura, chegou a pedir
que Deus colocasse a sua filha de volta em seus braços. “Graças a Deus e
ao esforço do povo, hoje a gente se encontrou. Para mim, esta é a maior
alegria, para ela também e para todos que nos ajudaram. Eu creio que o
que fez nós estarmos aqui foi a bênção divina”, comentou.
Apoio da família
Sirley
confirma que toda a família deseja ter Idalina mais próxima e querem
conhecê-la. Ela comenta ainda que o apoio do esposo Carlos foi
importante nesta busca. “Se ele fosse um outro tipo de pessoa, ele iria
proibir, mas foi o primeiro a pedir que eu procurasse, porque ele me via
chorar por causa dela”, ressaltou.
Carlos
comenta que admira a esposa pela luta e pela determinação em encontrar a
filha, sem abandonar a família. Ele diz que ganhou uma filha “bonita e
bacana”.
Encontro com as netas
As
netas também se emocionaram ao conhecer a avó materna biológica. Marina
comenta que as meninas sempre viam a mãe chorando e ofereciam ajuda nas
buscas. “Eu sempre via minha mãe chorando e querendo encontrar a mãe
dela, e eu sempre falava que a gente ia colocar nas redes sociais,
enviando e-mails, sempre tentando ajudar, e agora, graças a Deus, nós
conseguimos”, ressaltou.
Emocionada, a neta
Laís comenta que tinha curiosidade em conhecer a sua avó. “Minha mãe
dizia que nós iríamos encontrar nossa avó verdadeira, e nos emocionamos
muito, porque queríamos ver ela”, afirmou.
Após
a entrevista, Sirley comentou que foi premiada duplamente, pois, além
de encontrar a filha Idalina, ganhou mais duas netas, Laís e Marina. Ela
disse ainda que estará em contato constante com a filha, aqui em
Irati.
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