By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: Uol – Imagem: Uol
Com o início da campanha eleitoral, temas controversos passaram a fazer parte do debate político e os candidatos são instados a todo momento a se posicionar sobre polêmicas.
A redação do UOL compilou opiniões de dez dos 11 candidatos à Presidência da República sobre alguns assuntos acalorados, como a descriminalização da maconha, do aborto e o ensino religioso obrigatório.
Os candidatos também foram questionados sobre a redução da maioridade penal, o fim da reeleição, a ampliação do Bolsa Família, a diminuição do número de ministérios (clique aqui para ler as respostas a estes assuntos) e aspectos da economia como a reforma tributária, a meta de inflação ideal e a independência do Banco Central (clique aqui para ler as respostas a estes assuntos).
As respostas foram colocadas em ordem alfabética pelo nome do candidato. O candidato Rui Costa Pimenta (PCO) ainda não havia respondido à solicitação de entrevista até a publicação desta reportagem.
Aborto:
Aécio Neves (PSDB)
É contra. "Sou a favor da legislação atual, sem mudanças", afirmou o tucano em entrevista a uma revista em junho de 2013
Dilma Rousseff (PT)
É contra. "Defendo a manutenção da legislação atual
sobre o assunto", afirmou em 2010, quando era candidata ao Planalto
Marina Silva (PSB)
Afirma "não defender" a descriminalização do
aborto, mas diz ser favorável à realização de um plebiscito sobre o tema.
Eduardo Jorge (PV)
É a favor. Defende a legalização do aborto, estabelecendo
regras e limites de idade gestacional. "Não estimulamos a prática do
aborto, pois ele sempre é traumático para a mulher... Porém, não podemos
ignorar essa realidade de muitas mulheres que por algum motivo recorrem a ele a
cada ano. Não concordamos em criminalizá-las", diz o programa de governo
do PV.
Eymael (PSDC)
É contra. "A posição da
democracia cristã é a manutenção das três hipóteses que hoje existem [para o
aborto]: o estupro, o perigo de vida [para a mulher] e o feto destituído de
cérebro".
José Maria (PSTU).
Levy Fidelix (PRTB)
Contra. "Sou a favor que a legislação permaneça como
está. Hoje é permitido fazer aborto em casos de anencefalia, risco de vida [à
mãe]. No caso de estupro, não. Violenta o moral dela, mas não [pode] matar a
criança"
Luciana Genro (PSOL)
A favor. "Eu vejo que a gente precisa descriminalizar,
para quê? Para acabar com essa hipocrisia e possibilitar uma discussão franca
sobre o tema da maternidade, da contracepção".
Mauro Iasi (PCB)
É favorável. "O aborto é um direito da mulher. Dessa
forma, ele deve ser realizado na rede pública de saúde"
Pastor Everaldo Pereira (PSC)
É contra. "Defendo os
princípios cristãos, defendo a vida a partir da concepção, e sou a favor de
todas as leis civis e penais que defendam o direito à vida. A criminalização do
assassinato de vida intrauterina é tão importante quanto a criminalização do
assassinato de vida extrauterina. As exceções que hoje constam no direito
brasileiro já são mais do que suficientes para regular a questão"
Descriminalização da maconha:
Aécio Neves (PSDB)
É contra. A posição difere daquela adotada por FHC,
seu padrinho político.
Dilma Rousseff (PT)
Afirmou ser contra nas eleições de 2010, quando
era candidata. Na campanha atual, não se pronunciou.
Marina Silva (PSB)
Pessoalmente, se diz contrária ao uso da maconha. Apesar
disso, defende a realização de plebiscitos para que a população se posicione
sobre a possibilidade de descriminalização da droga.
Eduardo Jorge (PV)
É a favor. Defende a legalização da maconha para uso
medicinal e recreativo, outras drogas mais pesadas devem ter estratégias para
reduzir os danos de uso. Acredita que o uso da maconha deve ser tratado como o
uso do tabaco e do álcool.
Eymael (PSDC)
É contra. "[A
descriminalização] é um equívoco. A maconha é a porta de entrada da droga".
José Maria (PSTU)
A favor.
Levy Fidelix (PRTB)
Contra. "Maconha? Pra mim, maconheiro, prendia
todos. Todo mundo."
Luciana Genro (PSOL)
A favor. "Nós achamos que o primeiro passo, no sentido
de se acabar com essa guerra às drogas que na verdade se transformou em guerra
aos pobres, é a descriminalização da maconha porque a maconha é uma droga que
causa tão mal quanto o álcool e o cigarro e deve ser tratada no mesmo
patamar"
Mauro Iasi (PCB)
É favorável. "Quem acaba sofrendo com a criminalização
é exatamente a população pobre"
Pastor Everaldo Pereira (PSC)
Não respondeu diretamente. Disse que
"devemos reforçar o combate ao tráfico e ao consumo de drogas, pois está
comprovado cientificamente que essas substâncias criam dependência química,
distúrbios psicológicos e até psiquiátricos. Mais do que se preocupar com a
descriminalização da maconha, o desgoverno atual deveria se preocupar com o
crescimento do tráfico de drogas e a explosão de cracolândias"
Ensino
religioso obrigatório
Aécio Neves (PSDB)
Não se pronunciou sobre o assunto
Dilma Rousseff (PT)
Não se pronunciou sobre o assunto
Marina Silva (PSB)
Embora, na campanha presidencial de 2010, tenha
defendido o ensino religioso nas escolas, atualmente se coloca contrária à
obrigatoriedade. ""Tive 16 anos de atividade parlamentar e ninguém me
viu apresentar nenhum projeto de lei defendendo a religião; respeito o Estado
laico".
Eduardo Jorge (PV)
É contra. "O Estado brasileiro é laico. Proponho
ensino da história das religiões como um exercício de tolerância e respeito à
diversidade. Deus está onde o amor está (Tolstói)"
Eymael (PSDC)
Para ele, deve ser seguida a Constituição. "A
Constituição diz que é possível. [Mas] não obrigatório"
José Maria (PSTU)
É contra. "A escola tem que ser
laica", diz
Levy Fidelix (PRTB)
A favor. "Tem que ter. Agora, naturalmente que
não sou a favor que seja apenas pela maioria [religiosa]. Hoje a Igreja
Católica tem cerca de 70% dos brasileiros, nós temos os evangélicos... Deve se
permitir que, dentro do colégio, a pessoa opte, digamos, pela sua fé"
Mauro Iasi (PCB)
É contra, pois acredita que, em uma sociedade socialista, o
Estado deve ser totalmente laico
Luciana Genro (PSOL)
Não se pronunciou sobre o assunto
Pastor Everaldo Pereira (PSC)
É contra. "Somos a favor da
descentralização do ensino público e liberdade educacional, respeitando-se um
conteúdo onde o foco, nos ensinos fundamental e médio, deva ser o ensino de
língua portuguesa e matemática. Escolas que tenham interesse em oferecer ensino
religioso devem ser livres para fazê-lo, sem obrigatoriedade, mas com liberdade"
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