By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: Portal Terra – Imagem: Divulgação
É o terceiro ano que a universidade americana, famosa
por suas pesquisas em ciência e tecnologia, lidera o respeitado ranking
mundial QS. A Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), na 206ª
posição, e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), na 271ª, são
as outras duas instituições brasileiras entre as 300 melhores.
Mas o que faz uma universidade ser considerada uma das melhores do mundo?
O principal fator levado em conta no ranking QS,
publicado há dez anos, é a reputação acadêmica. Este cálculo é feito
através de uma enquete com mais de 60 mil acadêmicos (professores,
pesquisadores e palestrantes) em todo o mundo, que avaliaram
instituições que não fossem as suas próprias.
Isto significa que universidades com nomes mais
estabelecidos e respeitados têm chances de ter um desempenho melhor,
disse o diretor-gerente do QS, Ben Sowter.
O ranking analisa também as pesquisas publicadas e
quantas vezes elas foram citadas por outros pesquisadores, além da
proporção do corpo docente para estudantes.
Estes três elementos - reputação, citações e proporção
de professores - representam 80% do ranking. Há também observações sobre
o grau de internacionalização da equipe acadêmica e dos estudantes.
Diante disso, as melhores escolas provavelmente serão
universidades grandes e prestigiadas, com foco em pesquisa, que possuem
respeitados departamentos de ciências e muitas colaborações
internacionais.
Eis um exemplo: as britânicas Cambridge e Imperial
College empataram no segundo lugar do ranking. Os acadêmicos destacaram
as pesquisas em ciência e tecnologia do Imperial College, que estava na
quinta posição no ano passado.
Entre os projetos da universidade está o desenvolvimento
do "iKnife", uma faca que pode alertar o cirurgião se o tecido que está
sendo cortado é cancerígeno ou não, e de uma garrafa de água
comestível, que reduziria a poluição e o desperdício causados pelas
embalagens de plástico convencionais.
Em quarto lugar no ranking está a Universidade de
Harvard, a mais rica de todo o mundo. E outras duas instituições
britânicas dividem o quinto lugar - a College London e Oxford.
Os rankings são justos?
No entanto, não é difícil perceber as limitações dos rankings universitários. Eles medem os atributos da universidade ao invés de avaliar seus alunos e produzem uma lista dominada por um tipo específico de instituição, a que dá ênfase a pesquisas científicas.
No entanto, não é difícil perceber as limitações dos rankings universitários. Eles medem os atributos da universidade ao invés de avaliar seus alunos e produzem uma lista dominada por um tipo específico de instituição, a que dá ênfase a pesquisas científicas.
O resultado é que escolas pequenas, especializadas, na
área de artes ou sem foco em pesquisa, por exemplo, não aparecem com
destaque, independentemente da qualidade que têm. Além disso, a ênfase
na reputação reforçará a vantagem daquelas que já são famosas. Por fim,
os primeiros postos neste ranking são exclusivamente preenchidos com
universidades em língua inglesa.
Apesar desses poréns, é difícil negar a importância que
tais classificações têm. Elas se tornaram uma parte inescapável da
reputação e imagem das universidades, ajudando-as a atrair estudantes,
professores e investimento em pesquisa.
"Os rankings, para melhor ou pior, têm sido muito
influentes entre alunos, líderes governamentais e algumas universidades
em vários países", disse Philip Altbach, diretor do Centro de Educação
Superior Internacional do Boston College.
Mas ele alerta sobre o que realmente está sendo
avaliado. Instituições que não realizam pesquisas deveriam ser
comparadas em rankings destinados a universidades focadas em pesquisas?
A União Europeia lançou neste ano um novo comparativo de
universidades, o U-Multirank. Ele dá ênfase menor à reputação das
instituições e permite que estudantes selecionem seus próprios critérios
de comparação.
A ideia parte do princípio de que um aluno interessado
em um curso na área de humanas, por exemplo, não se beneficia muito de
um ranking focado em universidades com projetos de pesquisa científica.
A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento
Econômico (OCDE), que lançou o pioneiro teste Pisa em escolas, também
quer começar a comparar o ensino superior.
Segundo o diretor de educação da entidade, Andreas
Schleicher, há uma demanda pública para que se avalie a qualidade das
universidades. Mas ao invés de analisar aspectos das instituições - como
verbas, pessoal e instalações - ele está interessado em saber o que os
estudantes estão aprendendo.
Propostas para um tipo diferente de classificação das
universidades deverão ser apresentadas aos governos da OCDE em breve,
disse ele.
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