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INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: Amanda Martimon (Radio Câmara) terça-feira, 19 de junho de 2012
SALÁRIO MATERNIDADE PODERÁ SER ESTENDIDO A TODAS MÃES ADOTIVAS
Salário-maternidade de 120 dias poderá ser estendido a toda mãe que
adotar. Proposta em análise na Câmara (PL 7761/10) iguala os direitos de
mães adotivas e biológicas. Hoje apenas mães que adotam crianças com
até um ano de idade recebem o benefício pelo período de 120 dias. Às
demais, é concedido por prazo variável, a depender da idade da criança
adotada. Se ela tiver entre um e quatro anos, o benefício cai para a
metade, sessenta dias. Entre quatro e oito anos, o limite passa a ser de
30 dias. Mães que adotam crianças maiores de oito anos não têm direito
ao benefício. Para corrigir essa contradição jurídica, a proposta, de autoria do
Senado, e em análise na Comissão de Seguridade Social da Câmara, iguala o
direito ao salário- maternidade pelo período de 120 dias para toda mãe
que adotar. Em 2009, a Lei da Adoção já havia revogado os períodos de
licença-maternidade diferentes de acordo com a idade com que a criança
era adotada. Porém, não fez o mesmo com os prazos diferenciados para o
salário-maternidade. Assim, sem uma revogação expressa, o INSS continua a
conceder diferentes períodos de salário-maternidade às mães adotivas. A deputada Fátima Pelaes, do PMDB do Amapá, relatora do projeto na
Comissão de Desenvolvimento da Câmara, confirma que há um vazio deixado
pela legislação. Para preenchê-lo, em maio, a Justiça Federal de Santa
Catarina determinou que o INSS conceda o benefício por 120 dias para as
mães que adotarem crianças ou adolescentes de qualquer idade. Mas o INSS
recorreu da decisão. Para solucionar o impasse, a deputada espera que o
parlamento aprove a proposta que tramita na Câmara com a mesma
finalidade. "É urgente, há um vazio na lei. A Câmara tem que cumprir o seu papel
da legislação, então, se nós não agilizarmos isso vai acontecer da
Justiça estar legislando. E aí exatamente esse projeto que hoje tramita
na casa vem cumprir esta lacuna. Agora essa decisão da Justiça faz com
que o Congresso Nacional venha agilizar para nós termos a aprovação da
lei o que é direito." Carolina Longo, servidora pública e mãe adotiva de duas crianças teve
apenas 30 dias em casa para se adaptar. Para ela, o período inicial
pós-adoção é fundamental.
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