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INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: CORREIO BRAZILIENSE – Imagem: DivulgaçãoUma iraniana de 17 anos teve a vida ceifada pelo esposo
ao ser decapitada pelo homem, no último sábado (5/2). Mona Heydari foi
morta pelo esposo, com quem era casada desde os 13 anos, após uma
tentativa falha de fugir do país — e do casamento. O assassino teve
apoio do pai e do irmão da mulher para cometer o ato, conhecido como
“assassinato de honra”. Após o crime, a cabeça de Mona foi exibida pelo
esposo nas ruas da cidade de Ahvaz, no sudoeste do Irã, em uma ação
filmada e compartilhada nas redes sociais.
De acordo com a imprensa local, Mona fugiu para a
Turquia mas foi encontrada pelo pai, que a levou de volta ao marido. O
esposo de Mona é, também, primo dela e sobrinho do pai.
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Juntos, o pai, o marido e o irmão de Mona decidiram que o homem poderia cometer o denominado “assassinato de honra”.
O ato é "permitido" pela Lei Sharia, em que os “donos de sangue”,
aqueles com laços sanguíneos com a pessoa acusada de crime, podem exigir
a execução do ente querido após cometer alguma atitude que trouxe
“vergonha” para a família.
As imagens do “desfile macabro” foram compartilhadas pela agência de notícias Rokna,
do Irã, que foi proibida de fazer jornalismo dentro do país pelo órgão
de vigilância da mídia iraniana. Após a repercussão do caso, o marido e o
irmão da mulher foram presos. A polícia não divulgou o nome dos homens.
A tragédia causou revolta no país. Jornais reformistas
exigiram uma mudança na legislação iraniana. “Um ser humano foi
decapitado, sua cabeça foi exposta nas ruas e o assassino ficou
orgulhoso. Como podemos aceitar uma tragédia dessas? Devemos agir para que o feminicídio não volte acontecer”, pontuou o jornal Sazandegi em um editorial.
Elham Nadaf, membro do parlamento iraniano, afirmou que
o crescente número de casos é resultado da falta de meios para cumprir
as leis. “Infelizmente, estamos testemunhando tais incidentes porque não
há medidas concretas para garantir a implementação de leis para
prevenir a violência contra as mulheres”, declarou à agência de notícias
local ILNA.
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