O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse, neste sábado (22/1), que o
número de crianças mortas em virtude da COVID-19 é "insignificante". Ele
deu a declaração em Eldorado (SP), onde vivia a mãe, Olinda, enterrada
nessa sexta-feira (21).
Rodrigo Pacheco defende vacinação de crianças: 'Não deve ser diferente'
"Se você analisar, 2020, 2021, mesmo na crise do coronavírus, ninguém ouviu dizer que estava precisando de UTI infantil. Não teve. Não tivemos. Eu desconheço criança baixar no hospital. Algumas morreram? Sim, morreram. Lamento profundamente, tá? Mas é um número insignificante e tem que se levar em conta se ela tinha outras comorbidades também", afirmou Bolsonaro.
"Se você analisar, 2020, 2021, mesmo na crise do coronavírus, ninguém ouviu dizer que estava precisando de UTI infantil. Não teve. Não tivemos. Eu desconheço criança baixar no hospital. Algumas morreram? Sim, morreram. Lamento profundamente, tá? Mas é um número insignificante e tem que se levar em conta se ela tinha outras comorbidades também", afirmou Bolsonaro.
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Embora o presidente tenha falado em dados
"insignificantes", a Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização
(CTAI), grupo técnico do Ministério da Saúde, apontou, em dezembro, que
1.449 crianças já haviam morrido em virtude do coronavírus.
O presidente chegou a falar sobre a necessidade de
apontar os efeitos colaterais das injeções. "Tem que ser falado o quê
por ocasião da vacinação? Quem for aplicar a vacina? Olha, tá aqui teu
filho, de 5 anos de idade. Ele pode ter palpitação, dores no peito e
falta de ar. Vai ser dito para ele", falou, mencionando o ofício do
Supremo Tribunal Federal (STF) ao Ministério Público pedindo a
fiscalização de pais antivacina.
Nesta semana, ministros estiveram em Lençóis Paulistas,
no mesmo estado, para visitar uma menina que sofreu parada cardíaca por
causa de uma doença rara - bolsonaristas, porém, levantaram a tese de
que ela havia sofrido o incidente por ter recebido um imunizante
antiCOVID-19.
Na quinta-feira
(20/1), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou a
aplicação da CoronaVac, ligada ao Instituto Butantan, em jovens de 6 a
11 anos. O imunizante será incorporado à campanha de vacinação infantil.
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Após Bolsonaro chamar de "insignificante" o número de mortes de crianças por causa da COVID-19, a deputada federal Maria do Rosário (PT-RS) reagiu e o chamou de "desgraçado".
A parlamentar deu a resposta neste sábado (22/1), horas após o
presidente da República dizer, em Eldorado (SP), que o público infantil
não precisou de muitos leitos e atendimento complexo nos hospitais.
Ainda hoje, Jair Bolsonaro prometeu zerar os impostos
federais do diesel caso o Congresso autorize a Proposta de Emenda à
Constituição (PEC) pensada pelo governo federal para diminuir o
PIS/Cofins sobre os combustíveis.
"A PEC é autorizativa. Eu garanto para você: se a PEC
passar, no segundo seguinte à promulgação, eu zero o imposto federal do
Diesel no Brasil".
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