domingo, 8 de agosto de 2021

Brasil é ouro no futebol

By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: G1 Imagem: Lucas Figueiredo
O pódio em Yokohama que recebeu Bruno Guimarães, Matheus Cunha, Richarlison e companhia poderia ainda ter tido Rodrygo, Vinicius Júnior, Gérson e tantos outros prodígios brasileiros de até 24 anos que, por diferentes motivos, não viajaram ao Japão.
Não que fosse necessária a chancela olímpica, mas a medalha de ouro deste sábado confirma a qualidade desta geração de jovens jogadores. Embora haja carências em determinadas posições (o que reflete na seleção principal), o Brasil segue revelando talentos em larga escala.
Nas Olimpíadas, os veteranos Santos, Diego Carlos e Daniel Alves agregaram a segurança necessária para o bicampeonato, mas foi dos garotos o protagonismo. 
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Garotos estes que, em sua maioria, desde 2019 se reúnem na seleção sub-23. Inicialmente, a equipe seria dirigida por Sylvinho, mas acabou ficando com André Jardine depois que o hoje técnico do Corinthians aceitou o convite para comandar o Lyon, há dois anos.
Douglas Luiz, Antony, Paulinho, Matheus Cunha e outros medalhistas no Japão estavam também na França, em junho de 2019, quando o Brasil venceu o Torneio de Toulon. O torcedor tem motivos para ficar irritado ao ver seu clube desfalcado por conta de torneios ou jogos amistosos, mas eles foram fundamentais para que esta Seleção olímpica fosse formada. 
Embora prejudicado pela pandemia e também pela falta de liberação de jogadores, o planejamento teve mais acertos do que erros e foi premiado com o ouro. Além de convocar mais de 70 atletas e observar centenas "in loco" ou à distância, Jardine viajou à Europa para negociar pessoalmente com clubes a cessão de atletas para os Jogos de Tóquio.
O treinador pode ser criticado por algumas decisões, como a demora para fazer substituições na final ou o apego a alguns jogadores que o ajudaram no passado, mas foi capaz de driblar as adversidades e, mesmo sem tanto tempo para treinamentos, montar um time competitivo e com uma identidade bem definida.
Assim como foi no Pré-Olímpico, em 2020, na Colômbia, o Brasil teve altos e baixos no Japão, inclusive na decisão em Yokohama. Na vitória por 2 a 1 diante da Espanha, a Seleção levou pouco mais de 15 minutos até ajustar a marcação e conseguir reter mais a bola. Quando adiantou um pouco mais a pressão e passou a forçar erros adversários, cresceu, perdeu pênalti com Richarlison e ainda assim conseguiu sair na frente, com Matheus Cunha. 
Como em quase toda a caminhada do ouro, o Brasil se defendeu no 4-4-2 e atacou num esquema com quatro homens de frente, no qual Guilherme Arana virava um ponta-esquerda. O lateral, aliás, foi um dos destaques da final e é uma das opções que a equipe olímpica oferece ao técnico Tite na seleção principal.
O jovem do Atlético-MG não é o único. Os Jogos de Tóquio mostraram que Daniel Alves segue vivo na briga por uma vaga no Catar em 2002, que Douglas Luiz e Richarlison não estiveram por a caso na Copa América e que Bruno Guimarães e Matheus Cunha merecem mais chances nas Eliminatórias. 
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