By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: INTERVALO DA NOTICIAS – Imagem: Élio Kohut
(Intervalo da Noticias)
As polícias Civil e Militar concederam entrevista coletiva sobre a morte de Ana Paula Soares Marx, de 6 anos, encontrada morta no rio Preto, em Unaí,
no Noroeste de Minas, na manhã deste domingo (16). O padrasto dela, que
já era considerado suspeito pelo desaparecimento da criança, foi preso
logo depois que o corpo foi encontrado com sinais de violência.
Segundo o delegado regional de Unaí, João Henrique Furtado, o laudo da
necropsia apontou que a menina foi morta com brutalidade.
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“A criança foi bastante agredida: violentada, esganada, teve compressão
no tórax, a mandíbula foi quebrada. Realmente ela sofreu muito antes de
morrer. Ela foi jogada no rio já morta, não tinha sinais de afogamento”,
destacou o delegado regional.
A delegada Líliam Rodrigues, da Delegacia Especial de Atendimento à
Mulher (Deam), acompanhou as investigações desde o dia que a menina
desapareceu, na quinta-feira (13). Ela aponta que o padrasto passou a
ser visto como suspeito pela forma como se comportou durante as buscas
pela enteada dele.
“Desde o primeiro momento o investigado se mostrou muito frio com os
acontecimentos e isso levantou suspeita dos investigadores. Até mesmo ao
realizar as buscas, ele não ajudou nas buscas, tem imagens dele deitado
em um pasto enquanto todo mundo procurava pela criança. Isso
demonstrava uma conduta estranha por parte dele, que não mostrava
nenhuma preocupação”, ressaltou a delegada.
Quando a criança ainda era procurada, o padrasto foi interrogado sobre
onde estaria o corpo da menina, mas o homem respondeu que “não iria
produzir prova contra si mesmo”, reforçando as suspeitas de um crime.
Trabalho de buscas
Familiares contaram à polícia que a menina não se sentia à vontade na
presença do padrasto e já havia fugido uma vez, mas foi localizada horas
depois pela PM. Diante dessas informações, a suspeita de abuso sexual
foi levantada, mas os policiais esperavam encontrar a criança com vida
para poder investigar a hipótese.
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No sábado (15), o Corpo de Bombeiros de Uberaba foi acionado para dar
apoio nos trabalhos de buscas pela criança, sendo levada uma cadela
farejadora, que conseguiu detectar, no fim da tarde, sinais da criança
às margens do rio Preto.
Na manhã desse domingo, os bombeiros iniciaram as buscas próximo ao
local indicado pelo animal. Uma equipe realizava mergulhos enquanto
outra fazia varredura ao longo do leito do rio.
A menina foi encontrada pela equipe que estava de barco, o corpo estava
boiando a cerca de 300 metros do ponto onde a cadela deu sinal de
vestígio da criança.
“Como havia essa suspeição do padrasto, ele esteve a todo momento
monitorado por nossas equipes e, a partir do momento em que houve essa
detecção dos inícios de violência, ele foi conduzido à delegacia”,
explicou o Major Rodrigo Ramos, da Polícia Militar.
Histórico de crimes sexuais
O delegado regional João Henrique Furtado revelou ainda que o homem
preso já havia sido condenado, em 2007, por estuprar e matar a própria
mãe.
Além disso, durante momento em que teria sido beneficiado por saída
temporária, há registro de um boletim de ocorrência na cidade natal
dele, São Francisco, no Norte de Minas, onde ele teria forçado uma
criança de 3 anos a fazer sexo oral nele.
Segundo o delegado, será feito contato com a Polícia Civil de São
Francisco nesta segunda-feira (17), para mais informações sobre esse
outro crime, cujo inquérito aparenta estar em andamento.
A delegada Líliam Rodrigues afirma que até o momento não há indícios
que a mãe da vítima soubesse do histórico de crimes do homem, nem que
soubesse dos possíveis abusos contra a filha. O casal estava junto há
cerca de dois anos e já tinha um filho, de 1 ano e 8 meses.
“A genitora encontrava-se hospitalizada, para ganhar neném, no momento
do crime. A família dela já esteve na delegacia, já está dando
assistência a essa mãe. Ela está com dificuldade de expressar o que
aconteceu.
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A delegada destacou ainda que os conhecidos demonstravam medo do
suspeito. Com a prisão dele, ela acredita que as testemunhas se sentirão
mais à vontade para falar sobre o homem e isso pode auxiliar nas
investigações.
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