By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: YAHOO – Imagem: Divulgação
Uma série de manifestações contra o presidente Jair Bolsonaro (sem
partido) tomou as ruas de municípios em 24 Estados do país e no Distrito
Federal neste sábado (29/05).Com pautas diversas, os protestos
pediram o impeachment de Bolsonaro, a aceleração da vacinação contra a
covid-19 e o aumento do valor e extensão por mais tempo do auxílio
emergencial.
A mobilização foi organizada por partidos de oposição
ao governo, movimentos sociais, organizações sindicais e entidades
estudantis, com protestos registrados em pelo menos 180 cidades do país e
do exterior, segundo o portal G1.
No Recife (PE), o ato foi reprimido pela Polícia Militar com uso de
balas de borracha e gás lacrimogênio. A vereadora Liana Cirne (PT) foi
agredida com spray de pimenta e o governador de Pernambuco, Paulo Câmara
(PSB), disse que o comandante e demais policiais envolvidos na agressão
serão afastados de suas funções e investigados.
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Em São Paulo
(SP), os manifestantes se reuniram na Avenida Paulista e chegaram a
ocupar dez quarteirões da via, num protesto que terminou sem registros
de violência.
No Rio de Janeiro (RJ), o protesto começou já de
manhã na região central, com início aos pés da estátua de Zumbi de
Palmares, na Praça Mauá, e uma caminhada pela Avenida Presidente Vargas,
em direção à Candelária.
No fim de semana anterior, a capital
fluminense foi palco de uma "motocada" com a participação de Bolsonaro e
do general Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde, que participaram da
aglomeração sem máscaras.
Neste sábado, nos protestos contrários ao governo, o uso do
equipamento de proteção foi disseminado entre a maioria dos
participantes, mas momentos de aglomeração foram registrados.
Na
capital federal, os manifestantes se concentraram pela manhã próximo ao
Museu Nacional da República e depois caminharam pela Esplanada dos
Ministérios, rumo ao Congresso Nacional, ocupando todas as seis faixas
da via.
Repercussão internacional
A imprensa internacional repercutiu os protestos deste sábado.
O
jornal britânico The Guardian destacou a manifestação como notícia
principal do seu site durante a tarde e a noite do sábado, afirmando que
esta foi a maior mobilização anti-Bolsonaro desde o início da pandemia
de covid-19 no país.
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A rede de televisão francesa France 24 destacou a queda de
popularidade de Bolsonaro em meio à pandemia e o fato de o presidente
ter feito pouco caso da severidade da doença, desincentivado o uso de
máscaras e levantado dúvidas sobre a eficácia das vacinas, enquanto o
país supera as 450 mil mortes pelo vírus.
A rede Al Jazeera, do
Catar, lembrou que os protestos acontecem enquanto o governo está sob
escrutínio de uma investigação pelo Senado sobre sua atuação no combate à
pandemia.
A emissora turca TRT destacou a presença de imagens do
ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva em meio aos cartazes de protesto
e lembrou que o petista tem se articulado com outros políticos para
tentar barrar a reeleição de Bolsonaro.
O presidente da República,
que esteve na quinta e sexta-feira (27 e 28/05) no Amazonas, onde
inaugurou uma ponte de madeira e um painel solar num quartel, não
comentou os protestos em suas redes sociais neste sábado.
Seu
filho Carlos Bolsonaro, vereador pelo Rio de Janeiro, postou diversas
críticas aos protestos e à cobertura da imprensa ao longo do dia.
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