By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: BANDA B – Imagem: Divulgação
Mais quatro navios gregos, além do Bouboulina, da empresa
Delta Tankers, são alvo da investigação que a Marinha do Brasil e a Polícia Federal
(PF) realizam para tentar identificar os responsáveis pelo derrame de óleo cru
que, desde o fim de agosto, atingiu o litoral dos nove estados do Nordeste
(Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do
Norte e Sergipe).
Oficialmente, a Marinha não revela os nomes das cinco embarcações a respeito
das quais pediu informações às autoridades marítimas da Grécia, mas, em nota, a
Delta Tankers, responsável pelo Boubolina, revelou tratar-se dos navios-tanques
Maran Apollo e Maran Libra (da Maran Tankers), Minerva Alexandra (Minerva
Marine) e do Cap Pembroke (Euronav), além do Bouboulina.
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Na mesma nota, a Delta Tankers informa que recebeu a notificação da Marinha
brasileira somente nesta terça-feira (5). A empresa diz ainda que, no documento
entregue pelo Ministério de Assuntos Marítimos da Grécia, os cinco navios
gregos são tratados como suspeitos de derramamento do óleo que polui praias,
mangues e a foz, ou desembocaduras, de rios na costa do Nordeste.A Delta Tankers nega ter qualquer relação com o óleo encontrado no litoral nordestino e garante que pode comprovar a regularidade de suas operações. A empresa grega afirma que inspecionou os registros gravados por câmeras e sensores existentes no interior do Boubolina e não encontrou nenhum indício de que parte do produto que estava sendo transportado vazou.
“Este material será compartilhado de bom grado com as autoridades brasileiras, caso entrem em contato com a empresa nesta investigação. Até agora, esse contato não foi feito”, afirmou a empresa no comunicado divulgado ontem.
Trinta Suspeitos
A Marinha informou à Agência Brasil que o pedido para notificação dos cinco navios gregos foi apresentado às autoridades da Grécia no dia 12 de outubro. Segundo a Marinha, as investigações, feitas em conjunto com a Polícia Federal, com o apoio de instituições nacionais e estrangeiras, identificou 30 navios-tanque de várias nacionalidades que navegaram próximo à costa brasileira, na região de onde o óleo pode ter se espalhado.
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Segundo o
Centro de Hidrografia da Marinha, esse ponto inicial fica cerca de 733
quilômetros a leste do estado da Paraíba.Dos 30 navios-tanques sob investigação, o Bouboulina é apontado como o principal suspeito pelo provável derramamento de óleo. Os investigadores afirmam que, após carregar petróleo bruto na Venezuela, a embarcação grega contornou a costa nordestina brasileira e seguiu viagem rumo a Cingapura e à Malásia, onde teria transferido parte do material para outro navio.
A Delta Tankers confirma que o Bouboulina partiu da Venezuela em 19 de julho, carregado com petróleo, para Melaka, na Malásia, onde descarregou toda a carga embarcada em território venezuelano, “sem qualquer falta”.
Ainda de acordo com a Marinha, os investigadores também
avaliaram a hipótese de o óleo ter vazado de um “navio pirata” ou dark ship (embarcação
que navega com sistemas de localização desligados), mas imagens de satélite não
revelam qualquer movimentação neste sentido.
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