By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: PARANA PORTAL – Imagem: Marcos Corrêa
Na cerimônia promovida pela bancada evangélica, na qual recebeu bênção do bispo licenciado da Universal Marcos Pereira (PRB-SP), o presidente lembrou que o estado brasileiro é laico, mas ressaltou que isso não impede que ele seja “terrivelmente cristão”.
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O primeiro ministro do Supremo que deve deixar a corte é o decano
Celso de Mello, que completa 75 anos -a idade de aposentadoria
obrigatória- em novembro de 2020. A segunda vaga no STF deve ficar
disponível com a aposentadoria de Marco Aurélio Mello, em julho de 2021.Bolsonaro chegou a dizer neste ano que havia reservado uma das vagas a Sergio Moro, ex-juiz da Lava Jato que deixou a magistratura para se tornar ministro da Justiça do governo. Depois, o presidente negou haver qualquer acordo e disse apenas buscar alguém com perfil dele.
O presidente disse que apontará um nome “terrivelmente evangélico” em dois momentos em sua visita ao Poder Legislativo: no culto religioso e no plenário da Câmara, quando participou de sessão solene em homenagem aos 42 anos da Igreja Universal do Reino de Deus.
Em seu discurso, o presidente disse ainda que o espírito cristão deve estar presente nos três Poderes e elogiou a bancada evangélica, afirmando que, apesar de ela sofrer críticas, tem um “superávit enorme” junto à sociedade brasileira.
Ele reconheceu que seu governo pode cometer “equívocos e erros”, mas que estará “sempre aberto” a ouvir a bancada evangélica em busca de soluções para problemas.
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Bolsonaro disse que, mais cedo, Maia o telefonou para informar que não compareceria à visita devido ao desgaste físico da noite anterior. A discussão em plenário para a votação da reforma previdenciária avançou até o início da madrugada.
“Ele aqui neste recinto é o nosso general. É o homem que conduzirá os destinos da nossa votação e, obviamente, os destinos da nossa querida nação”, disse.
“Aqui, entre nós, está está o escolhido, Jair Messias Bolsonaro, um homem simples”, disse o ministro Onyx Lorenzoni (Casa Civil). “Hoje vivemos em um Brasil sem medo e hoje teremos uma grande vitória no plenário da Câmara dos Deputados para começar a transformar o Brasil”, ressaltou.
“O presidente disse que já era hora de um ministro evangélico ir ao Supremo. Deus sabe das coisas. O presidente colocou um evangélico na articulação política”, disse.
Em sua fala, ele disse que já estava escrito nas escrituras sagradas que ele ajudaria o presidente e que a luta da vida não é pela carne ou pelo sangue, mas pelo espírito.
“Deus me deu a sabedoria de Salomão, a capacidade de articular e gerenciar de José do Egito e a força de um guerreiro que foi David”, disse.
O presidente fez questão de parabenizar o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), que também participou do culto religioso e comemora aniversário nesta quarta-feira.
“Estive em Israel com Onyx e meus filhos. Um deles está fazendo trinta e? Trinta e quantos anos?”, questionou. “Trinta e cinco anos”, acrescentou, quando lhe disseram a idade.
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‘LEGISLANDO’Em maio, durante evento na igreja Assembleia de Deus, em Goiânia, Bolsonaro já havia cobrado a presença de um ministro evangélico no Supremo.
“Será que não está na hora de termos um ministro do STF evangélico?”, perguntou o presidente, ao falar para um público da igreja Assembleia de Deus Ministério Madureira.
Na ocasião, ele questionou se a corte não estaria “legislando” ao julgar uma ação que trata da criminalização da homofobia.
O Supremo tem maioria católica (ao menos sete ministros), dois judeus e nenhum evangélico.
“Em uma República laica é absolutamente irrelevante a fé religiosa que um juiz da suprema corte possa ter, pois, nesse domínio, há de prevalecer, sempre, um comportamento de absoluta neutralidade dos magistrados em assuntos de ordem confessional”, afirmou ao jornal
Folha de S.Paulo no mês passado o decano do tribunal, ministro Celso de Mello, que não declarou se professa religião e qual seria essa.
O presidente do STF, Dias Toffoli, e os ministros Marco Aurélio, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski, Cármen Lúcia, Edson Fachin e Alexandre de Moraes são católicos.
O ministro Luiz Fux é judeu, e Luís Roberto Barroso é reconhecido como judeu pela comunidade judaica por ser filho de mãe judia e pai católico. A ministra Rosa Weber não se manifestou.
Bolsonaro poderá fazer ao menos 90 nomeações em 35 tribunais até o final de seu mandato, em 31 de dezembro de 2022. Considerando todas as cortes superiores, serão 13 vagas.
A RELIGIÃO DOS MINISTROS DO STF
Católicos
Dias Toffoli
Alexandre de Moraes
Cármen Lúcia
Edson Fachin
Gilmar Mendes
Marco Aurélio
Ricardo Lewandowski
Judeus
Luís Roberto Barroso*
Luiz Fux
Não declaram
Celso de Mello
Rosa Weber
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