By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: G1/PR – Imagem: RPC
Dois auditores fiscais agropecuários do Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento (Mapa) do Paraná, que atuavam no Paraná e foram
condenados pela Operação Carne Fraca, da Polícia Federal (PF), foram demitidos pela Controladoria-Geral da União (CGU).
Conforme as investigações, Daniel Gonçalves Filho e Maria do Rocio
Nascimento receberam propina para evitar fiscalizações em frigoríficos
ou então para que as irregularidades encontradas fossem ignoradas.
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A decisão é de 12 de julho e foi publicada pelo Diário Oficial da União (DOU) na quarta-feira (17).
Na época, Gonçalves era superintendente do Mapa no Paraná. A Operação
Carne Fraca afirma que ele comandava o esquema ilegal. Maria do Rocio
exercia a função de chefe do Serviço de Inspeção de Produtos de Origem
Animal (SIPOA-PR).
Além da demissão, os auditores ficarão inelegíveis por oito anos e
também estarão proibidos de voltar a exercer cargos públicos federais.
A defesa dos dois servidores afirmou que "a decisão proferida é
precipitada e fere aspectos normativos contidos em legislação federal,
além de não atender a conteúdo de decisão previamente proferida em
esfera judicial, a qual abrange o objeto desse procedimento
administrativo".
Segundo o advogado Décio Franco David, "por tal razão, serão
interpostos os devidos recursos administrativos, após regular ato de
intimação dos acusados".
Operação Carne Fraca
A primeira fase da Operação Carne Fraca, lançada em março de 2017,
investigou o envolvimento de fiscais do Ministério da Agricultura em um
esquema de liberação de licenças e fiscalização irregular de
frigoríficos.
De acordo com informações da Polícia Federal, a investigação começou
porque um fiscal não aceitou ser removido quando descobriu fraudes em
uma das empresas investigadas.
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Carne vencida
Gravações telefônicas obtidas pela Polícia Federal apontam que vários frigoríficos do país vendiam carne vencida tanto no mercado interno, quanto para exportação.
Entre produtos químicos e produtos fora da validade, há casos ainda
mais "curiosos", como a inserção de papelão em lotes de frango e carne
de cabeça de porco em linguiça, além de troca de etiquetas de validade.
Técnicas para maquiar cheiro
Frigoríficos investigados usavam produtos químicos para "maquiar" carne
vencida, injetavam água para aumentar o peso dos produtos e, em alguns
casos, foi constatada ainda falta de proteína na carne.
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