sábado, 20 de julho de 2019

Auditores do Ministério da Agricultura do Paraná, condenados na Operação Carne Fraca, são demitidos


By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: G1/PR Imagem: RPC

Dois auditores fiscais agropecuários do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) do Paraná, que atuavam no Paraná e foram condenados pela Operação Carne Fraca, da Polícia Federal (PF), foram demitidos pela Controladoria-Geral da União (CGU).
Conforme as investigações, Daniel Gonçalves Filho e Maria do Rocio Nascimento receberam propina para evitar fiscalizações em frigoríficos ou então para que as irregularidades encontradas fossem ignoradas. 
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A decisão é de 12 de julho e foi publicada pelo Diário Oficial da União (DOU) na quarta-feira (17).
Na época, Gonçalves era superintendente do Mapa no Paraná. A Operação Carne Fraca afirma que ele comandava o esquema ilegal. Maria do Rocio exercia a função de chefe do Serviço de Inspeção de Produtos de Origem Animal (SIPOA-PR).
Além da demissão, os auditores ficarão inelegíveis por oito anos e também estarão proibidos de voltar a exercer cargos públicos federais.
A defesa dos dois servidores afirmou que "a decisão proferida é precipitada e fere aspectos normativos contidos em legislação federal, além de não atender a conteúdo de decisão previamente proferida em esfera judicial, a qual abrange o objeto desse procedimento administrativo".
Segundo o advogado Décio Franco David, "por tal razão, serão interpostos os devidos recursos administrativos, após regular ato de intimação dos acusados".
Operação Carne Fraca
A primeira fase da Operação Carne Fraca, lançada em março de 2017, investigou o envolvimento de fiscais do Ministério da Agricultura em um esquema de liberação de licenças e fiscalização irregular de frigoríficos.
De acordo com informações da Polícia Federal, a investigação começou porque um fiscal não aceitou ser removido quando descobriu fraudes em uma das empresas investigadas. 
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Carne vencida
Gravações telefônicas obtidas pela Polícia Federal apontam que vários frigoríficos do país vendiam carne vencida tanto no mercado interno, quanto para exportação.
Entre produtos químicos e produtos fora da validade, há casos ainda mais "curiosos", como a inserção de papelão em lotes de frango e carne de cabeça de porco em linguiça, além de troca de etiquetas de validade. 
Técnicas para maquiar cheiro
Frigoríficos investigados usavam produtos químicos para "maquiar" carne vencida, injetavam água para aumentar o peso dos produtos e, em alguns casos, foi constatada ainda falta de proteína na carne. 

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