By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: G1 – Imagem: Divulgação
Advogados do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disseram em entrevista nesta segunda-feira (26), após julgamento que negou os embargos de declaração no
processo do triplex, que vão esperar a publicação do acórdão, que é a
íntegra da decisão, para determinar com qual recurso irão entrar a
partir de agora. A sessão ocorreu no Tribunal Regional Federal da 4ª
Região, em Porto Alegre.
"Em princípio, podemos identificar algumas omissões, mas aguardaremos
definitivamente a publicação do acórdão", disse o advogado Cristiano
Zanin.
"O que nós vamos definir é se o recurso vai ser apresentado ainda aqui
neste tribunal federal ou então perante o Superior Tribunal de Justiça
ou o Supremo Tribunal Federal", esclareceu.
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Segundo o TRF-4, a defesa pode entrar com um recurso sobre os próprios
embargos de declaração caso entenda que inconsistências ou obscuridades
persistem.
Os advogados terão 12 dias, a partir da publicação do acórdão, para
apresentar esse último recurso, que seria julgado pela própria 8ª Turma
do TRF-4.
O advogado José Roberto Batochio, que também integra a defesa de Lula, afirmou que os recursos não são protelatórios.
"Quem fala de abuso de recurso está falando uma enorme bobagem. Se os
recursos estão previstos no ordenamento jurídico brasileiro é porque não
são inúteis, nem manobra de protelação de processo", disse.
Segundo ele, Lula não pode ser considerado ficha-suja. "A decisão não
transitou em julgado. Este julgamento não acabou”, analisou Batochio.
A Lei da Ficha Limpa impede que condenados por tribunal colegiado (como
o TRF-4) se candidatem depois de encerrados todos os recursos na 2ª
instância. Na esfera eleitoral, a situação de Lula será definida pelo
Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que deverá analisar um eventual
registro de candidatura do ex-presidente – o que deve acontecer no
segundo semestre deste ano.
O PT tem até 15 de agosto para protocolar a candidatura. O TSE tem até o
dia 17 de setembro para aceitar ou rejeitar a candidatura de Lula.
A Lei da Ficha Limpa prevê também a possibilidade de alguém continuar
disputando um cargo público, caso ainda haja recursos contra a
condenação pendentes de decisão.
Prisão
Batochio ainda lembrou que o ex-presidente não pode ser preso, devido
ao julgamento do habeas corpus preventivo junto ao Supremo Tribunal
Federal (STF), no próximo dia 4 de abril.
"Essencial e importante que se diga que viemos para verificar e
constatar de que não seria expedida qualquer ordem de prisão contra o
ex-presidente Lula, nos precisos e exatos termos do que decidiu o STF na
semana passada", concluiu.
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