By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: GAZETA ONLINE – Imagem: Divulgação
Pré-candidato à Presidência pelo PSL, o deputado federal
Jair Bolsonaro (RJ) ofereceu ao PR a vaga de candidato a vice-presidente em sua
chapa. O presidenciável busca aliança com o partido para aumentar seu tempo na
propaganda eleitoral no rádio e na TV. O PR pode agregar cerca de 45 segundos
ao tempo de Bolsonaro. Sozinho pelo PSL, ele teria menos de 10 segundos. A
oferta para dividir a chapa foi feita ao senador Magno Malta (PR-ES).
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“Tenho conversado com o Magno não é de hoje. Acho um
excelente parlamentar. E, logicamente, se prosperar nossa ideia de disputar a
convenção agora para presidente da República, o Magno Malta, se quiser somar conosco,
da minha parte está fechado”, afirmou Bolsonaro ao Estadão/Broadcast. “Já
conversei com ele, mas não aprofundamos detalhes”, disse ele.
Procurado pelo Gazeta Online nesta quinta-feira (22), Magno
informou, por meio de sua assessoria, que é candidato à reeleição no Senado e
que as conversas com Bolsonaro são diálogos informais. "Não há nenhum
convite formal. Há a aproximação entre o senador e o deputado, mas são
conversas que ainda não se aprofundaram. O senador Magno Malta está focado em
sua reeleição e em buscar nomes novos para a bancada cristã no Congresso, com
pessoas que valorizem a vida", contou um assessor de Malta.
Sobre a possibilidade de fazer parte de uma chapa ao lado de
Bolsonaro, Magno Malta teria dito que "o futuro a Deus pertence" e
que "pode ser tanto vice quanto verso", ou seja, pode ser candidato
como vice ou como presidente.
INTERLOCUTOR
O senador é o principal interlocutor de Bolsonaro no PR. O
presidenciável, contudo, também tem boa relação com o ex-deputado Valdemar
Costa Neto (SP), que, na prática, é quem comanda o partido. Os dois assumiram o
primeiro mandato na Câmara na mesma época, em 1991, e foram colegas até 2005,
quando Costa Neto renunciou ao mandato em razão do envolvimento no escândalo do
mensalão, no qual foi condenado anos depois por corrupção e lavagem de
dinheiro.
“Se não for o Magno, a ideia é que seja alguém do PR do
Nordeste”, disse o deputado Delegado Fernando Francischini (PSL-PR), um dos
coordenadores da pré-campanha de Bolsonaro. Segundo ele, o PR tem muitos filiados
na região com perfil parecido com o que Bolsonaro procura. O parlamentar,
porém, não quis citar nomes.
Em troca do tempo de TV, Bolsonaro acena ao PR com
coligações nas eleições proporcionais de deputados nos Estados. Para o PSL, a
popularidade do presidenciável pode ajudar o PR a eleger o maior número de
deputados federais, aumentando sua influência política e sua participação no
Fundo Partidário – cuja maior parte é dividida proporcionalmente ao tamanho das
bancadas na Câmara.
SEM UNANIMIDADE
O apoio a Bolsonaro, porém, divide o PR. Os principais
entusiastas são os parlamentares que integram a chamada “bancada da bala”. “Ele
pode ajudar a gente a aumentar o número de deputados eleitos”, disse o deputado
Jorginho Mello (PR-SC).
A resistência a Bolsonaro vem principalmente de
integrantes do partido no Nordeste. “Se eu estiver com Bolsonaro na Bahia,
estou morto”, disse o líder do PR na Câmara, José Rocha (BA). Ele afirmou que a
“tendência” hoje é apoiar o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), ou o
governador Geraldo Alckmin (PSDB).
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