By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: Angieli Maros, Chico Marés, Euclides Lucas Garcia e Talita Boros Voitch (Gazeta do Povo) – Imagem: Gazeta do Povo
Empreiteiras investigadas na Operação Lava Jato doaram legalmente R$ 3,8 milhões para 15 deputados estaduais e federais paranaenses eleitos em outubro.
O levantamento, feito pela Gazeta do Povo com base na prestação de contas dos candidatos ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mostra que as empresas também contribuíram para as campanhas dos candidatos ao governo Gleisi Hoffmann (PT) e Roberto Requião (PMDB), somando R$ 2,3 milhões em doações para os dois.
O governador reeleito Beto Richa (PSDB) e o senador Alvaro Dias (PSDB) não receberam recursos das empreiteiras.
Entre os parlamentares, há doações tanto para partidos governistas quanto de oposição. Beneficiado com mais de R$ 1,1 milhão de doações da Galvão Engenharia, o deputado federal Nelson Meurer é o recordista em doações da Lava Jato entre os eleitos no estado. Meurer, que é presidente do PP do Paraná, havia sido citado nas investigações da Lava Jato numa possível ligação com o doleiro Alberto Yousseff. Ele nega.
Parte do montante doado pelas empreiteiras aos paranaenses foi viabilizada por meio de repasses aos diretórios nacionais dos partidos. Isso significa que o dinheiro foi disponibilizado pelas empresas para os comandos das siglas, que então encaminharam a doação aos candidatos.
Entre os deputados estaduais, seis deles receberam o dinheiro por meio da chamada “dobradinha” com outro candidato a federal. O caso aconteceu com Ademir Bier (PMDB), Dr. Batista (PMN), Evandro Junior (PSDB), Elio Rusch (DEM), Marcio Nunes (PR) e Palozi (PSC). Dois deputados federais foram os responsáveis pelas doações de recursos a esses candidatos: Ricardo Barros (PP) e Dilceu Sperafico (PP).
Ao todo, seis empresas investigadas pela Polícia Federal contribuíram para as campanhas paranaenses: Galvão Engenharia, Odebrecht, OAS, Queiroz Galvão, Engevix e UTC.
A Lava Jato motivou até agora a prisão de 23 pessoas e foi desencadeada em março para desmontar um esquema de lavagem de dinheiro que teria movimentado R$ 10 bilhões. Entre os presos da sétima fase da operação, deflagrada na semana passada, está o ex-diretor de serviços da Petrobras Renato Duque, acusado de ser operador do PT no esquema. Paulo Roberto Costa, ex-diretor de abastecimento da estatal, é acusado de ser o operador do PP no esquema.
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