By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: Portal Terra – Imagem: Divulgação
Em relação ao terceiro trimestre de 2013, o PIB registrou queda de 0,2%.
O crescimento de apenas 0,1% foi suficiente para tirar a
economia da recessão técnica, condição em que se encontrava após
encolher 0,2% e 0,6% nos primeiro e segundo trimestres deste ano,
respectivamente.
A mediana de previsões de analistas consultados pela
Reuters apontava para crescimento trimestral de 0,3% e contração de 0,1%
na comparação anual.
Segundo o IBGE, o consumo do governo cresceu 1,3% no
trimestre passado sobre o período imediatamente anterior, avançando 1,9%
sobre um ano antes. Esse desempenho, no entanto, parece estar com os
dias contados, diante da formação da nova equipe econômica da presidente
Dilma Rousseff, com perfil mais ortodoxo e discurso de mais rigor
fiscal, com corte de despesas.
O Brasil tem convivido com inflação elevada e baixo
ritmo de crescimento, o que afetou em cheio a confiança dos agentes
econômicos. Na véspera, foi confirmado que Joaquim Levy assumirá o
Ministério da Fazenda, enquanto Nelson Barbosa vai para o comando do
Planejamento. Alexandre Tombini, que iniciou mais um ciclo de aperto
monetário recentemente, continua à frente do Banco Central.
No terceiro trimestre, a Formação Bruta de Capital Fixo
(FBCF) - medida de investimento - cresceu 1,3%, mas ainda continua
fortemente no vermelho na comparação anual, com queda de 8,5%.
A indústria, por sua vez, teve expansão de 1,7% entre
julho e setembro, sobre o segundo trimestre, e contração de 1,5% sobre
um ano antes.
Para o quarto trimestre, já aparecem alguns sinais de um
pouco mais de recuperação da indústria. A confiança do setor, medida
pela Fundação Getulio Vargas (FGV), cresceu em outubro e em novembro,
primeiros resultados positivos neste ano.
Por outro lado, a confiança do consumidor não mostrou
ímpeto neste período, recuando 1,5% no mês passado ao menor nível desde
2009.
Segundo o IBGE, o consumo das famílias recuou no trimestre passado 0,3%. Na comparação anual houve expansão de apenas 0,1%.
A expectativa do mercado em pesquisa Focus do Banco
Central, que ouve semanalmente economistas de instituições financeiras, é
de que o PIB crescerá neste ano apenas 0,20%. Se confirmado, será o
pior desempenho desde a contração de 0,33% vista em 2009.
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