By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: Renata Tôrres (Rádio Câmara)
Está em análise na Câmara dos Deputados projeto (PL 6124/13)
da deputada Sandra Rosado, do PSB do Rio Grande do Norte, que impede os
empregadores de exigir de suas funcionárias o uso de roupas que
coloquem sua saúde ou sua segurança em risco, ou ainda que tenham como
objetivo a exposição de seu corpo.
A proposta acrescenta um inciso na
Consolidação das Leis do Trabalho com essa proibição. Sandra Rosado cita
exemplos da realidade que o projeto pretende mudar:
"Se você usa, numa empresa onde há um
calor muito forte, uma roupa inadequada, em que as mulheres ficam com
roupas muito grossas, aquilo ali pode ocasionar um mal à sua saúde.
Outra que ferem a segurança: mulheres que podem estar trabalhando em um
ambiente no qual exista fogo, e ela use um determinado tipo de tecido na
sua roupa que possa atrair [o fogo] e causar uma queimadura. Existem
outras empresas - que essas nós vemos com muita constância - que fazem
do corpo da mulher um chamativo para o que aquela empresa representa. As
mulheres são expostas, muitas vezes seminuas ou mostrando partes que se
consideram atrativas do corpo feminino."
Sandra Rosado afirma que o objetivo da
proposta é preservar a mulher desses constrangimentos. Por isso,
considera fundamental definir limites para o poder do empregador.
Por outro lado, o empresário do segmento
da indústria do vestuário Márcio Franca, primeiro diretor-secretário da
Federação das Indústrias de Brasília, critica o projeto. Márcio Franca
afirma que o setor produtivo, principalmente o setor empresarial
industrial, não suporta mais o que chamou de "enxurrada de legislação de
regulamentação":
"Não conheço qualquer parte do mundo - a
não ser, talvez, o mundo islâmico - que tenha alguma proibição neste
nível deste PL. Eu acho lamentável o nosso Legislativo estar perdendo
tempo, estar criando essas dificuldades para o setor produtivo, que já
passa por situações muito difíceis para produzir neste País, vir com
mais essa inovação negativa e improdutiva para o setor produtivo."
O projeto que proíbe os patrões de
exigir que suas funcionárias usem roupas que coloquem em risco a saúde
ou segurança, ou que exponham o corpo da mulher vai ser analisado por
três comissões da Câmara. A primeira é a de Seguridade Social e Família.
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