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INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: METROPOLES – Imagem: DivulgaçãoO ex-doleiro Alberto Youssef
foi preso pela Polícia Federal (PF) nesta segunda-feira (20/3), em
Itapoá, no litoral de Santa Catarina (SC). A prisão acontece por
determinação do juiz federal Eduardo Appio,
que assumiu em fevereiro os processos referentes à operação Lava Jato
na 13ª Vara Federal de Curitiba (PR). O empresário será encaminhado
diretamente à capital paranaense.
A prisão, em caráter preventivo, foi confirmada ao Metrópoles
pela Justiça Federal no Paraná.
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Youssef foi preso em 2014, na primeira
fase da Lava Jato, e condenado pelo então juiz Sergio Moro a mais de 120
anos de prisão. Ele foi apontado como operador do PP (Partido
Progressista) na Petrobras e deixou regime fechado em 2016, após
delações premiadas que mostraram o funcionamento de esquemas de corrupção.
A decisão pela prisão de Alberto Youssef acontece após representação
movida pela Receita Federal, que pede responsabilização penal do
ex-doleiro. Argumenta-se que o acordo pela colaboração premiada
determina que o acusado só será beneficiado pela suspensão das ações
penais caso cumpra determinados requisitos, sendo um deles o compromisso
de não cometer novas ilegalidades.
Na manhã desta terça-feira (21/3), Youssef será ouvido pelo novo juiz da Lava Jato.
Processos
Dos
28 processos aos quais Youssef responde, 13 deles foram suspensos por
dez anos, a pedido da Força Tarefa do Ministério Público Federal (MPF)
do Paraná, no âmbito Operação Lava Jato. A Receita argumenta que não há notícia de que o ex-doleiro tenha regularmente quitado todos os seus débitos com os cofres públicos.
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Além
disso, cita-se que Youssef se mudou para uma casa no balneário
turístico catarinense, sem informar seu endereço à Justiça Federal de
Curitiba. A Receita ainda afirma que o doleiro direcionou os recursos
desviados dos cofres públicos ao seu patrimônio pessoal, citando a
aquisição de um helicóptero e imóveis após a delação do caso Banestado, fechada em 2004.
“O
relatório fiscal para fins penais da Receita Federal, deixa evidenciado
que o acusado não devolveu aos cofres públicos todos os valores
desviados e que suas condições atuais de vida são totalmente
incompatíveis com a situação da imensa maioria dos cidadãos
brasileiros”, argumenta o órgão na representação.
Appio, na sua decisão, cita que a prisão ocorre para a garantia da
ordem e afirma que trata-se de investigado “de elevada periculosidade
social, multireincidente em crimes de colarinho branco e
lavagem de dinheiro, no Brasil e no exterior”.
O
novo juiz da Lava Jato ainda afirma que a condição de plena liberdade
de Alberto Youssef contribuiu para uma “sensação de impunidade” nos seus
casos, uma vez que o ex-doleiro foi processado e condenado em dezenas
de ocasiões.
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