O Ministério Público de Goiás (MP-GO) denunciou oito jogadores por envolvimento em um suposto esquema de manipulação de resultados no Campeonato Brasileiro da Série B do ano passado. Entre os atletas citados no processo está o zagueiro Paulo Sérgio, que atuava pelo Sampaio Corrêa e atualmente veste a camisa do Operário Ferroviário.
Além do defensor do Fantasma, foram citados Romário
(ex-Vila Nova), Joseph (Tombense), Mateusinho (Cuiabá), Gabriel
Domingos (Vila Nova), Allan Godói (Sampaio Corrêa), André Queixo
(Ituano) e Ygor Catatau (Irã).
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Paulo Sérgio vai responder por corrupção em competições esportivas – item que consta no Artigo 41-C do Estatuto do Torcedor. O
texto menciona solicitação ou aceite, para si ou outrem, de vantagem ou
promessa de vantagem patrimonial ou não patrimonial para qualquer ato
ou omissão destinado a alterar ou falsear o resultado de competição
esportiva ou evento a ela associado.
A pena em caso de condenação varia de dois a seis anos de reclusão e multa. O mesmo artigo vale para os outros sete jogadores citados no processo.
Paulo Sérgio
O zagueiro Paulo Sérgio, ex-Sampaio Corrêa e atualmente no Operário,
não aparecia na lista inicial da investigação de jogadores. A relação
tinha apenas quatro nomes. No entanto, a quantidade aumentou depois que o
MP-GO concluiu que cinco atletas que atuavam pelo Sampaio Corrêa se
envolveram em negociação para cometer pênalti na partida entre Sampaio e
Londrina, válida pela 38ª e última rodada da Série B 2022. Um desses
jogadores, conforme a denúncia, foi Paulo Sérgio.
A partida disputada em 5 de novembro do ano passado, no
Maranhão, terminou em 2 a 1 para o Sampaio Corrêa. Ygor Catatau, citado
no processo, marcou os dois gols do time maranhense.
Paulo Sérgio, apesar de ser citado pelo MP-GO, ficou na reserva do Sampaio Corrêa durante toda a partida contra o Tubarão.
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Já o lateral Mateusinho, que também está entre os denunciados, foi autor de um pênalti na primeira etapa. O goleiro Luiz Daniel defendeu a cobrança londrinense.
Demais envolvidos
O
Ministério Público de Goiás (MP-GO) também denunciou seis pessoas que
não são jogadores e que estariam envolvidas em núcleo de apostadores. O
aliciador seria o empresário Bruno Lopez de Moura. Os não-atletas citados são Cammila
Silva da Motta, Zildo Peixoto Neto, Ícaro Fernando Calixto dos Santos,
Luís Felipe Rodrigues de Castro e Victor Yamasaki Fernandes.
Operação ‘Penalidade Máxima’
No mês passado, o MP-GO deflagrou a operação “Penalidade Máxima” para cumprir mandados de prisão e de busca e a apreensão em Goiás, Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro para
desbaratar uma associação criminosa especializada em manipulação de
resultados de jogos de futebol para favorecer apostas esportivas.
De acordo com as investigações, o grupo criminoso teria
atuado e cometido fraude em, no mínimo, três partidas da Série B do
Campeonato Brasileiro, realizadas no final de 2022: Vila Nova x
Sport, Tombense x Criciúma e Sampaio Corrêa x Londrina.
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O
esquema fraudulento envolveria, entre outras ações, a cooptação de
atletas que se comprometeriam a cometer pênaltis no primeiro tempo dos
jogos, recebendo em contrapartida cerca de R$ 150 mil por aposta. O
MP-GO calcula que os valores envolvidos no crime ultrapassem o montante
de R$ 600 mil. A estimativa é de que os apostadores teriam lucro aproximado de R$ 2 milhões.
Primeira denúncia
O caso foi denunciado ao MP-GO pelo clube goiano Vila Nova,
cujo presidente Hugo Jorge Bravo revelou detalhes da operação, em
coletiva de imprensa. De acordo com o dirigente, o meia Marcos Vinícius
Alves Barreira, mais conhecido como Romarinho (que teve contrato
rescindido com o clube goiano em novembro do ano passado, por motivo de
indisciplina grave) aceitou R$ 150 mil para cometer um pênalti na primeira etapa do confronto entre o Vila Nova e Sport,
no dia 6 de novembro. O jogador, segundo Hugo Bravo, chegou a receber
um adiantamento de R$ 10 mil e depois da partida embolsaria o restante
do valor (R$ 140 mil).
“Passou o jogo, uns três dias, e fui informado que o
Romário estaria envolvido em um esquema de apostas. Ligamos o alerta e
fomos atrás.
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Entrei em contato com quem teria articulado todo o esquema.
Essa pessoa nos relatou que a combinação era um pênalti no primeiro
tempo de Sport x Vila Nova e outras duas partidas da mesma rodada
[Sampaio Corrêa x Londrina e Criciuma x Tombense]”, relatou Bravo.
De acordo com o mandatário, Romarinho não foi relacionado para o duelo contra o Sport e
teria tentando persuadir outros jogadores. “Essa pessoa falou que tinha
um atleta do clube que iria cooptar outro atleta para praticar, pois
ele não tinha condição de jogo. Ela diz que deu um sinal em uma conta de
outro jogador, o (Gabriel) Domingos, que até que se prove o contrato,
não está envolvido. A própria pessoa que arquitetou tudo isenta o atleta
[Domingos]”, afirmou o dirigente.
O presidente do Vila Nova admitiu que a fraude no clube foi frustrada e
só por isso veio à tona. “Só se descobre quando dá errado. Vem o
burburinho e aí você pesca. Tentou-se fazer em um jogo do Vila uma ação
individual. Um jogador do Vila deveria fazer um pênalti, o que não
aconteceu. Quando não aconteceu, alguém foi prejudicado. E foram as
bancas de apostas. Essa própria pessoa começou a entrar em contato
comigo pedindo para ir atrás do Romário para devolver o sinal de R$ 10
mil”, completou.
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