By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: INTERVALO DA NOTICIAS – Imagem: Divulgação
Em uma derrota para o governo, a comissão especial da Câmara dos Deputados que analisa a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do voto impresso rejeitou nesta quinta-feira (5), por 23 votos a 11, o parecer favorável ao tema elaborado pelo deputado Filipe Barros (PSL-PR). Apesar de rejeitada, a proposta deve ser levada a votação no plenário da Câmara.
Isso, porque as comissões especiais têm caráter opinativo, e não,
conclusivo. A palavra final sobre PECs cabe ao plenário, onde os 513
deputados poderão votar.
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Após a votação desta quinta, o líder do MDB, Isnaldo Bulhões (AL), afirmou ao G1
que "o parecer vencedor pode ir a plenário, mas depende de o presidente
Arthur Lira pautar. A comissão tem caráter opinativo, não terminativo".
"Mas acredito que ele não pautará o tema", completou.
Esse relatório deve ser aprovado pela maioria da comissão, considerando
o placar da votação desta quinta, e em seguida enviado ao plenário.
A votação do novo parecer na comissão está prevista para esta sexta
(6). Já a votação em plenário deverá ser marcada pelo presidente da
Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que não tem prazo máximo para pautar o
tema.
Para valer nas eleições de 2022, qualquer mudança nas regras eleitorais tem de ser aprovada até outubro.
A PEC reprovada
A proposta de emenda à Constituição, de autoria da deputada Bia Kicis
(PSL-DF), prevê a impressão de votos nas eleições, referendos e
plebiscitos.
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Em julho, antes do recesso parlamentar, os deputados governistas, favoráveis ao texto, manobraram para evitar a derrota na comissão.
A impressão do voto é uma das bandeiras do presidente Jair Bolsonaro,
que costuma lançar suspeitas de fraude em relação ao voto eletrônico —
sem nunca ter apresentado provas de qualquer irregularidade.
A disputa entre o tema opôs o presidente da República e o presidente do
Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, defensor das
urnas eletrônicas.
Bolsonaro acusa Barroso de interferir no debate promovido pela Câmara e
ameaçou em diversas ocasiões com a não realização das eleições, caso o
voto impresso fosse rejeitado.
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), por sua vez, diz acreditar
nas urnas eletrônicas, mas defendeu a implantação de mais uma forma de
auditagem nas urnas, para evitar contestações da população.
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