By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: JORNAL RAZAO – Imagem: Divulgação
Dois dias após o ataque na creche Aquarela, em Saudades, onde cinco
pessoas foram mortas com golpes de espada, sendo três bebês com menos de
dois anos de idade, detalhes do crime brutal que chocou o país
começaram a surgir. Conforme relatos, o crime foi planejado por Fabiano
Kipper Mai, de 18 anos, por um ano.
O solado André Carlos Galiazzi, do Corpo de Bombeiros, que junto
com outros colegas atenderam e levaram o rapaz até o hospital, relatou
durante entrevista à Rádio Centro Oeste, que o jovem apresentava certos
momentos de lucidez.
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O autor do ataque chegou a fazer algumas
declarações sobre o atentado. Segundo o bombeiro, as declarações
começaram ainda dentro da escola.
"Quando ele ainda estava no chão antes de colocar ele sobre a
maca, já algemado, ele olhava em direção à arma que utilizou e dizia
cuida bem dela tá, ela é minha amiga", descreveu o soldado,
acrescentando que a frase foi dita mais de uma vez pelo agressor. "Ele
comentou alguma coisa no local, lá na ocorrência, ele fazia uma pergunta
meio afirmando, foram cinco né, foram cinco que eu matei?!, dava a
impressão de que ele tinha uma meta, algo nesse sentido", conta.
Fabiano utilizou uma arma branca - espécie de espada ninja tipo
samurai comprada pela internet alguns dias antes. Mai teria dito que sua
intenção mesmo era a aquisição de uma arma de fogo. Galiazzi conta que
"durante o deslocamento ele comentou em dado momento que planejava (o
ataque) há algum tempo, que ele queria comprar uma arma de fogo, mas não
havia conseguido e que ele queria ter ido na outra escola, mas como ele
não conseguiu a arma de fogo, ele foi nessa outra escola (sic), era o
que ele fala nos momentos de consciência dele".
A instituição de ensino citada por Fabiano seria a Escola de
Educação Básica Rodrigues Alves, na qual havia estudado até o ano
passado.
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O crime praticado por Fabiano Mai mostra premeditação. Galeazzi
ouviu do autor que planejou o ataque por cerca de 10 meses. "Ele não
relatou em nenhum momento o porquê ele fez isso ou se foi a mando de
alguém. O que ele falou é que planejava em torno de 10 meses este
ataque, que ele teria tentado a arma de fogo, mas como não conseguiu,
ele acabou comprando essas facas", relatou o bombeiro.
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