sábado, 27 de fevereiro de 2021

Mandetta: Brasil recusou vacina de 1ª linha e agora busca qualquer uma

By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: METROPOLES Imagem: Marcello Casal JrAgência Brasil
Um ano após a confirmação do primeiro caso de Covid-19 no país, o ex-ministro Luiz Henrique Mandetta afirma que tinha uma expectativa diferente para 2021 quando estava à frente do Ministério da Saúde. Segundo ele, em fevereiro do ano passado, o país se preparava para enfrentar a tragédia que vinha pela frente. No entanto, conforme o tempo foi passando, o governo federal, especialmente na figura do presidente Jair Bolsonaro, foi colocando empecilhos no combate à pandemia.
Um desses obstáculos, na avaliação do ex-ministro, está cobrando a conta agora: a falta de vacina. “Esse erro foi cometido em agosto e setembro, quando fecharam as negociações com a Pfizer, Moderna, Johnson. Não quiseram. (…) É um erro muito primário. 
Continua depois da publicidade
Como o governo fechou as portas com esses laboratórios de primeira linha, está avançando para terreno perigoso, que é comprar vacina que não tem fase 3”, alerta, em entrevista exclusiva ao Metrópoles.
Mandetta segue: “O povo quer uma vacina e não tem. Então, o governo começa a mudar regra, intervir na Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), e aí você fica em um cenário que não sabe mais em quem confiar. Tira a credibilidade do sistema e da própria agência. Estão na xepa, estão procurando qualquer coisa, o que estiver disponível”.
Segundo ele, o Brasil seria uma grande vitrine para os laboratórios porque tem rede para aplicar as doses em velocidade muito boa, maior que Estados Unidos e França.
Humildade
Ao Metrópoles, o ex-ministro fez um panorama no ano de pandemia, criticou a interferência do presidente na gestão do Ministério da Saúde e comentou sobre a estratégia de comunicação bolsonarista, que, na sua avaliação, se assemelha à nazista, em que “uma mentira é repetida mil vezes até virar verdade”.
Mandetta também considerou que faltou humildade ao general Eduardo Pazuello ao aceitar o cargo de ministro. 
Continua depois da publicidade
“Esse é um erro deles [dos militares, poderiam] dizer: ‘isso não é a nossa praia, não vamos aceitar’.”
Filiado ao DEM e constantemente na lista de cotados para concorrer à Presidência em 2022, o médico deixou o governo em abril do ano passado após discordar do presidente em relação à adoção de medidas de isolamento social.
Confira AQUI a entrevista completa. 

CURTA AQUI NOSSA PÁGINA NO FACEBOOK

OS COMENTÁRIOS NÃO SÃO DE RESPONSABILIDADES DO INTERVALO DA NOTICIAS. OS COMENTÁRIOS IRÃO PARA ANALISE E SÓ SERÃO PUBLICADOS SE TIVEREM OS NOMES COMPLETOS.

FOTOS PODERÃO SER USADAS MEDIANTE AUTORIZAÇÃO OU CITAR A FONTE

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.