By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: G1 – Imagem: Divulgação
A resolução foi votada nesta quinta-feira (7) na plenária da Assembleia-Geral da ONU e foi aprovada por 187 votos a favor, 3 contra, e 2 abstenções. Além do Brasil, os únicos países que votaram contra a resolução foram Israel e os próprios Estados Unidos. Colômbia e Ucrânia se abstiveram.
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A mudança da posição brasileira segue o princípio de alinhamento do governo de Jair Bolsonaro com o do presidente dos EUA, Donald Trump. O G1 pediu ao Itamaraty detalhes sobre o voto do Brasil e não obteve resposta até a última atualização desta reportagem.Nas redes sociais, o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, disse que "o Brasil votou a favor da verdade" e que "nada nos solidariza com Cuba".
"O regime cubano, desde sua famigerada revolução 60 anos atrás, destruiu a liberdade de seu próprio povo, executou milhares de pessoas, criou um sistema econômico de miséria e, não satisfeito, tentou exportar essa 'revolução' para toda a Am Latina", escreveu.
Araújo também afirmou que Cuba "é hoje o principal esteio do regime Maduro na Venezuela, o pior sistema ditatorial da história do continente".
"Desse modo, Cuba está por trás da opressão aos venezuelanos, da catástrofe humanitária, da tortura, da migração forçada de 1/6 da população do país", acrescentou.
A resolução condenando o embargo é apresenta pela Assembleia-Geral
desde 1992. Em 2018, foi aprovada por 189 países, com votos contrários
apenas dos Estados Unidos e de Israel, e sem os votos de Moldávia e
Ucrânia.
Bolsonaro tem criticado a política anterior do Brasil em relação a Cuba
e disse que iria investigar empréstimos do Brasil à ilha.
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Em seu
discurso na Assembleia-Geral da ONU, em setembro, o presidente
brasileiro afirmou que um plano de Castro, Hugo Chávez e Lula para
estabelecer o socialismo na América Latina ainda está vivo e precisa ser
combatido.
O que é o embargo econômico a Cuba?
O embargo que os EUA mantêm contra Cuba impede a maioria das trocas
comerciais. Por meio de duas leis, uma de 1992 e outra de 1996,
Washington proíbe envio de alimentos ao país caribenho (exceto em casos
de ajuda humanitária) e torna passível de punição judicial empresas
nacionais e estrangeiras que tenham relações financeiras com a ilha.
De forma mais ampla, o embargo econômico norte-americano a Cuba existe
desde 1962. As primeiras medidas começaram antes mesmo, em 1960 – um ano
após Fidel Castro tomar o poder.
O embargo é renovado anualmente por uma legislação que data de 1917
chamada Lei de Comércio com o Inimigo. Ela deu origem, em 1963, ao
embargo contra a ilha comunista, conhecido oficialmente como "Regulação
de Controle dos Bens Cubanos".
O governo de Barack Obama (2009-2017) chegou a reatar relações com Cuba e, em votação histórica, os EUA se abstiveram na sessão na ONU sobre condenação ao embargo. No mandato de Trump, porém, as sanções ao país comunista foram ampliadas.
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