By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: G1 – Imagem: Everson Moreira/RPC
Os funcionários dos Correios entraram em greve geral por tempo
indeterminado. A greve foi decretada na noite desta terça-feira (10) em
assembleias realizadas em diferentes estados do país. Até por volta das
13h desta quarta, sindicatos de 23 estados e do DF confirmavam ter
aderido à greve.
A Federação Interestadual dos Sindicatos dos Trabalhadores e
Trabalhadoras dos Correios (Findect) e a Federação Nacional dos
Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect)
afirmam que a greve é geral e que todos os 36 sindicatos de
trabalhadores dos Correios aderiram ao movimento.
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Em nota, a direção dos Correios afirma que a paralisação é parcial e já
colocou em prática um "plano de continuidade de negócios para minimizar
os impactos à população".
A categoria pede reposição da inflação do período e é contra a privatização da estatal, que foi incluída no mês passado no programa de privatizações do governo Bolsonaro.
Os trabalhadores querem também a reconsideração quanto a retirada de
pais e mães do plano de saúde, melhores condições de trabalho e outros
benefícios.
"Mesmo com a mediação do TST, a empresa não recebe os representantes
dos trabalhadores há mais de 40 dias e se nega a negociar, pois insiste
em reduzir benefícios que rebaixariam ainda mais o salário da categoria,
que já é o pior entre todas as estatais", disse a Fentect.
O que diz a empresa
Segundo os Correios, a greve "não afeta os serviços de atendimento da
estatal". A empresa informou que pela manhã 82% do efetivo total estava
trabalhando regularmente.
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Em nota, a direção dos Correios informou ter participado de 10
encontros com os representantes dos trabalhadores para apresentar
propostas dentro das condições possíveis, "considerando o prejuízo
acumulado na ordem de R$ 3 bilhões".
A estatal ainda não divulgou balanço sobre os impactos da greve, mas
fala em "paralisação parcial". "O principal compromisso da direção dos
Correios é conferir à sociedade uma empresa sustentável", acrescentou.
Ainda segundo a empresa, a paralisação dos funcionários "agrava ainda
mais a combalida situação econômica da estatal". "Os Correios contam com
a compreensão e responsabilidade de todos os seus empregados, que
precisam se engajar na missão de recuperar a sustentabilidade da empresa
e os índices de eficiência dos serviços prestados à população
brasileira", completou.
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