By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: PARANA PORTAL – Imagem: Divulgação
Atualmente, o tratamento é feito por uma associação de três medicamentos em uma primeira fase (rifampicina 75 mg, isoniazida 50 mg e pirazinamida 150 mg) e dois em uma segunda (rifampicina 75 mg e isoniazida 50 mg). Até então, porém, a criança precisava tomar os remédios separadamente, de uma só vez.
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O
comprimido também será solúvel em água e terá sabores mais palatáveis,
segundo a pasta.O objetivo é facilitar a administração dos remédios e diminuir possíveis erros de dosagem. Para a coordenadora do Departamento de Vigilância das Doenças de Transmissão Respiratória de Condições Crônicas, Denise Arakaki, o novo modelo também tende a diminuir o sofrimento dos pais e crianças, aumentando a adesão ao tratamento.
A estimativa é que o novo formato esteja disponível no SUS em 2020. A data ainda não está definida. “Mas queremos que esteja disponível até o início do semestre que vem”, afirmou o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta.
Inicialmente, o tratamento estará disponível para 1.500 crianças, número semelhante ao total de casos novos de tuberculose registrados entre menores de dez anos em 2018.
Representantes do ministério, porém, dizem avaliar que há subnotificação nesses dados. Outro problema é o atraso no diagnóstico, situação que é ainda mais grave em crianças, afirma Mandetta. “Há muita falha de diagnóstico, ou diagnóstico feito em fase tardia”, afirma.
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Atualmente, o Brasil é um dos 30 países com maior incidência de
tuberculose. Só no último ano, somadas todas as faixas etárias, foram
75.717 casos da doença, o equivalente a 36,2 casos a cada 100 mil
habitantes. A doença também levou a 4.500 mortes em 2017, ano dos dados
mais recentes para esse indicador. “Para uma doença que tem cura, é um
número que consideramos inaceitável”, diz Arakaki.Entre aqueles de 5 a 14 anos, a incidência passou de 3,9 casos a cada 100 mil para 4,8 a cada 100 mil no mesmo período.
Segundo o Ministério da Saúde, estudos feitos pela Conitec, comissão responsável por avaliar a incorporação de medicamentos no SUS, apontaram a mesma eficácia tanto para o tratamento com dose combinada, que passará a ser ofertada no próximo ano, quanto para o modelo atual.
Questionada, a pasta não informou o valor investido para oferta do novo modelo de tratamento. Neste ano, o Brasil assumiu a presidência do Stop TB Partnership, instituição ligada à ONU.
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