By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: TRIBUNA DO PARANA – Imagem: Marcelo Casal (Agência Brasil)
Em comunicados aos revendedores, as empresas Ultragaz, Nacional Gás e Supergasbras se posicionaram junto aos comerciantes de gás, revelando o reajuste. De acordo com as empresas, uma série de fatores influi no preço, como os acordos coletivos de trabalho e a elevação dos custos de logística.
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O acréscimo se dá mesmo após as tentativas do governo em baixar o valor do insumo.
Além disso, o Ministério da Economia faz um esforço para equiparar os
valores do gás de cozinha e do gás industrial. Em abril, o ministro
Paulo Guedes anunciou que pretende quebrar o monopólio da Petrobras
sobre o gás, o que poderia reduzir pela metade o valor do botijão. Em
Curitiba, um ‘bujão’ de gás custa cerca de R$ 70 reais, em média.Contestação
A Associação Brasileira das Entidades de Classe das Revendas de Gás (Abragás) contesta os comunicados das empresas. Segundo a associação, uma resolução do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), aprovada na última quinta-feira (29), reduziu a diferença entre os preços do GLP residencial e industrial, o que deveria baratear o custo do insumo para as indústrias. No entanto, o movimento foi o contrário, conforme nota da Abragás.
“Com a nova resolução o que deveria ocorrer seria o preço do GLP industrial igualar ao preço/Kg do GLP residencial, lamentavelmente o oligopólio formado pelas 5 distribuidoras que detém 92% do mercado de GLP no país dão sinais que nada disso ocorrerá se depender das últimas movimentações deste oligopólio”, diz parte do texto.
De acordo com o texto, as empresas que dominam o mercado formaram uma espécie de cartel para combinarem preços e reajustes, evitando assim que as reduções da Petrobras cheguem ao consumidor final. Assim, além de não haver repasse das baixas de preço aos revendedores, a equiparação de preços entre os GLP residencial e industrial se dará ‘pra cima’.
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“Nos últimos meses, quando a Petrobrás reduziu o preço do GLP
industrial para as distribuidoras, (9,8% em 23/07 e 13% em 02/08), essas
[distribuidoras] simplesmente não repassaram as reduções para aos
revendedores o que impede que os preços baixem para os consumidores. Por
outro lado, no dia 29/08 quando o CNPE anunciou a revogação da
resolução 04/2005 com o intuito de equiparar os preços do GLP, as
distribuidoras simultaneamente comunicaram à rede de revendas de todo o
Brasil um aumento de preços em torno de 3%, a partir de 09/09/19, o que
indica entendimento entre o oligopólio para aplicarem índices de aumento
idênticos e em datas alinhadas”, atesta a Abragás.
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