By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: G1 – Imagem: Xavier Leoty/ AFP
Um tribunal francês autorizou nesta quinta-feira (5) o galo Maurice, cuja proprietária foi processada pelos seus vizinhos,
a continuar cantando. A Justiça rejeitou a queixa dos vizinhos que
acusaram a ave de acordá-los muito cedo. O caso ganhou repercussão
mundial.
Maurice se tornou um símbolo da resistência rural na França, onde uma petição para apoiá-lo recebeu mais de 140.000 assinaturas. Seu cacarejo, na aurora, incomoda os proprietários de uma residência de veraneio na ilha turística de Oleron, situado no sudoeste da França. Os vizinhos foram à Justiça para denunciar os "danos sonoros".
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A dona do galo argumentou no tribunal que nunca havia recebido queixas
sobre o cacarejo de Maurice. "Os galinheiros sempre existiram. Entre 40
vizinhos, incomoda apenas dois", apontou. Para Fesseau, "o campo tem
direito a seus ruídos. O galo tem o direito de cantar".
Declínio da atividade agrícola
O caso de Maurice virou um símbolo do “temor” de que o mundo rural
desapareça na França, por conta do declínio da atividade agrícola e
pecuária e ao êxodo de jovens para a cidade. Bruno Dionis du Séjour,
prefeito da pequena cidade de Gajac, no sudoeste da França, publicou uma
carta enfurecida para defender o "direito" dos sinos das igrejas a
tocar, das vacas de mugir e dos burros de zurrar.
A alusão aos sinos se deve a uma disputa de 2018 em uma cidade na
região de Doubs, no leste do país, onde os proprietários de uma
residência de veraneio reclamaram que os sinos tocavam às 07h00, muito
cedo na sua opinião.
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