By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: PORTAL TERRA – Imagem: Menahem Kahana/REUTERS
Com relação a países europeus com governos nacionalistas e de extrema-direita, como Itália, Hungria, Polônia e República Checa,
a diferença entre exportações e importações também é desfavorável ao
Brasil. Apenas os sul-americanos "amigos" contribuem positivamente.
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O país que mais se beneficiou do comércio com o Brasil foi Israel, do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, de quem Bolsonaro é aliado no Oriente Médio.
A diferença entre exportações e importações nos oito primeiros meses do
ano foi de US$ 519 milhões negativos na balança brasileira. O “rombo”
foi maior que o do mesmo período de 2018, quando o saldo foi de US$ 446
milhões negativos.
Em abril deste ano, o presidente esteve em Israel e, demonstrando seu apoio internacional ao país, visitou o Muro das Lamentações - um dos símbolos mais sagrados do judaísmo - ao lado de Netanyahu, algo inédito para um chefe de estado brasileiro, já que o local também é reivindicado pela Palestina.
Nesta terça-feira (17), ocorreram eleições legislativas em Israel. Até o momento, Netanyahu, do campo da extrema-direita, e seu adversário Benny Gantz, de centro-direita, estão empatados na apuração dos votos e nenhum dos dois teria capacidade para formar um novo governo.
Já os Estados Unidos, um dos principais aliados do governo brasileiro na geopolítica mundial, “lucrou” US$ 352 milhões com o Brasil
até agosto. A balança comercial com os norte-americanos tem variado
bastante nos últimos anos. Em 2018, nos oito primeiros meses, o valor
das importações brasileiras superaram ainda mais as exportações, e o
País perdeu US$ 839 milhões.
No ano anterior, em 2017, o saldo foi positivo para o Brasil:
US$ 922 milhões. Já em 2015 e 2016, foram os americanos que receberam
mais dólares: US$ 2,1 bilhões e US$ 543 milhões, respectivamente.
Após mais de uma década com uma política externa alinhada a países emergentes, como os do bloco BRICS (designação para se referir à Rússia, Índia, China, África do Sul, além do Brasil), o País voltou a se aproximar dos EUA com Bolsonaro no poder.
O presidente dos EUA, Donald Trump, já prometeu, por exemplo, o apoio à entrada do Brasil na OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico).
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Em troca, o Brasil renunciaria ao status de nação em desenvolvimento na OMC (Organização Mundial do Comércio).
Todos os dados são do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços e foram verificados no portal Comex Stat, site oficial do órgão para estatísticas de comércio exterior do Brasil.
Europeus alinhados ao Brasil
Na Europa, os números também mostram perdas na balança comercial com Itália, Hungria e República Checa. Respectivamente, entre janeiro e agosto, o Brasil teve “prejuízo” de US$ 503 milhões, US$ 158 milhões e US$ 226 milhões.
A Polônia é a exceção. O país do leste europeu exportou mais do que importou do Brasil,
que neste caso ficou com saldo positivo de US$ 146 milhões. Apesar
disso, o valor foi menor que os US$ 171 milhões de 2018. O presidente da
Polônia, Andrzej Duda, se reuniu com Bolsonaro em Brasília, em janeiro deste ano, e disse que o País compartilha os “mesmos valores” de seu governo.
Saldo positivo na América do Sul
Com os países vizinhos alinhados ao governo Bolsonaro, o Brasil tem uma balança comercial favorável. Colômbia, Paraguai e Chile renderam ao País, respectivamente, US$ 1,1 bilhão, US$ 721 milhões e US$ 1,3 bilhão.
Nos últimos anos, o Brasil têm sempre exportado mais que importado para os três.
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Porém, com relação a Paraguai e Chile,
os valores foram maiores no mesmo período do ano passado. Enquanto o
saldo positivo do primeiro caiu de US$ 1,2 bilhões para US$ 721 milhões,
a do segundo foi de US$ 1,7 bi para US$ 1,3 bi.
A Colômbia foi a única que passou a exportar mais do
que importar neste ano, beneficiando a balança comercial brasileira. Em
2018 o “lucro” brasileiro entre janeiro e agosto havia sido de US$ 603
milhões. O salto no período foi de US$ 480 milhões.
A Colômbia, governada por Iván Duque, tem sido uma das principais aliadas do governo de Bolsonaro na América do Sul, principalmente no que diz respeito à crise político-econômica na Venezuela. Nenhum dos dois países reconhecem o governo de Nicolás Maduro e consideram o líder da oposição Juan Guaidó como o presidente interino venezuelano.
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