By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: G1 – Imagem: G1
Sete alunos do Sesi Canaã inventaram o "Chiliclete", uma goma de mascar
feita com os componentes da pimenta para ajudar astronautas a sentirem o
sabor dos alimentos. A iniciativa vai levar os estudantes de Goiânia
para o Mountain State Invitation, um torneio de robótica na sede da
Universidade da Nasa, em West Virginia, nos Estados Unidos. A viagem
acontecerá na próxima terça-feira (9).
De acordo com a explicação dos alunos, a falta de gravidade no espaço
muda o corpo do astronauta. Com isso, o sangue se concentra na cabeça e
no peito, e essa mudança tira a sensibilidade do nariz, de forma que
quem está no espaço vai parando de sentir gostos e cheiros.
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O estudante Kairo Gabriel Silva, de 16 anos, explica que a proposta é
que esse chiclete devolva a sensibilidade ao nariz do astronauta, mesmo
que por um tempo limitado.
"O astronauta masca o chiclete por dez minutos, antes da refeição. E é o
tempo determinado para que a capsaicina - um composto químico
encontrado em todas as pimentas - entre contato com o organismo do
astronauta e assim ele consiga ter essa percepção de sabores por até
duas horas, pode se alimentar normalmente", disse.
O grupo de alunos, formado por estudantes de 15 a 17 anos, desenvolveu a
pesquisa durante sete meses. Em março, eles apresentaram o Chiliclete
na edição nacional do Torneio de Robótica, no Rio de Janeiro e foram
selecionados para a etapa internacional. Os estudantes embarcam na
próxima terça-feira (9) para os Estados Unidos. O torneio será realizado
entre 12 e 14 de julho.
Além dos estudantes goianos, o Brasil será representado por outras duas
equipes, uma do Rio Grande do Sul e outra do Distrito Federal. O evento
reúne cerca de 70 times de 12 países.
O Mountain State Invitation vai avaliar os alunos em quatro etapas:
projeto de pesquisa, momento de colocar as ideias no papel; design do
robô, para desenvolver as ideias; desafio do robô, para cumprir missões
com o equipamento criado; e a core values, para avaliar a capacidade de
trabalho em equipe.
A professora da turma de robótica Harumi Vitória Fukushima diz que a
realização desse projeto vai interferir não só na vida profissional dos
alunos, mas na vida pessoal também. "É uma coisa que vai além da sala de
aula. Isso realmente é para a vida, mesmo", conclui.
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