By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: JORNAL EXTRA – Imagem: Divulgação
O trabalho revelou, pela primeira vez, o impacto da nutrição nas dificuldades de se tornar pai. Quase 3.000 homens dinamarqueses participaram do processo, divididos entre quatro padrões de alimentação: o chamado ocidental, rico em carnes vermelhas e processadas, além de açúcares e gorduras, como fast-food; o prudente, com preferência por carnes brancas, frutos do mar, legumes, frutas e alimentos antioxidantes; o “smorrebrod”, baseado em um consumo ligeiramente mais saudável do que o ocidental, mas ainda rico em laticínios e condimentos; e, por fim, uma dieta vegetariana.
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O
estudo concluiu que a dieta prudente foi a mais benéfica para os
homens, seguida pela vegetariana e smorrebrod. A ocidental produziu os
piores resultados. Os pesquisadores também mostraram que as células
produtoras de espermatozoides foram esgotadas nos homens jovens que
consumiram junk food com frequência. Acredita-se que não é possível
recuperar estas células mortas pelo estresse oxidativo, o que tem
implicações para a quantidade de espermatozoides que podem produzir a
qualquer momento. A pesquisa foi apresentada na conferência anual da Sociedade Europeia de Reprodução Humana e Embriologia (ESHRE, na sigla em inglês), em Viena, na Áustria. Maria Cecília Erthal, diretora-médica da Clínica Vida – Centro de Fertilidade, que esteve presente no evento, destaca que a comunidade científica tem se debruçado sobre os impactos na fertilidade humana. A perspectiva comportamental introduziu novas hipóteses para as mudanças nas taxas de fertilidade, antes atribuídas à pílula anticoncepcional e à entrada das mulheres no mercado de trabalho.
— Cada vez mais a gente tenta vincular o comportamento do ser humano com as mudanças da fertilidade. Percebemos que houve mudanças nas taxas de gravidez vinculadas tanto à fertilidade masculina, quanto feminina — afirma Maria Cecília. — É um estudo muito robusto, dá muita credibilidade. Quando a questão da fertilidade chamou atenção da pesquisa científica, vinculávamos às alterações das mulheres. Com o tempo, fomos percebendo que todos os homens também sofrem efeitos, embora mais tardiamente e não com tanta intensidade.
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Má alimentação estimula crescimento de bactérias ruins
Ainda
segundo a médica, os resultados do estudo estão muito relacionados aos
probióticos. O consumo intenso de fast-foods, carboidratos e açúcares,
no entanto, estimula o crescimento de bactérias que fazem mal ao nosso
organismo na nossa flora intestinal, gerando uma reação inflamatória que
prejudica as células produtoras de espermatozoides, no caso dos homens,
e os óvulos, entre as mulheres. — Uma saída é a alimentação saudável com fontes antioxidantes, com selênio, zinco, magnésio, vitamina A e vitamina C, nas frutas, verduras, legumes ou ômega 3 suplementar. São substâncias que encontramos em alimentos no nosso dia-a-dia. É importante para contrabalancear — sugere Maria Cecília.
No ano passado, uma pesquisa apresentada pela ESHRE também relacionou fertilidade com hábitos alimentares, mas entre o sexo feminino: foram 5.598 mulheres analisadas no Reino Unido, na Irlanda, na Nova Zelândia e na Austrália. O estudo constatou que o risco de infertilidade dobrava entre as que consumiam fast-foods. Já as que não têm o hábito de comer frutas viram o risco de não conseguir gerar um bebê subir de 8% para 12%.
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