By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: BANDA B – Imagem: Divulgação
Em um primeiro momento, Mourão disse que agradecia a pergunta, mas que sua parceria com Bolsonaro era total. “Quando ele toma uma decisão, eu acato.
Continua depois da publicidade
”
Questionado mais uma vez sobre possíveis mudanças na condução do país até aqui,
o vice então respondeu: “Talvez pela minha personalidade, eu escolhesse outras
pessoas para trabalhar comigo”.Para Mourão, a grande participação de militares no governo Bolsonaro cria um risco de associação caso o governo falhe.
“Se nosso governo falhar, errar demais, não entregar o que está prometendo, essa conta irá para as Forças Armadas, daí a nossa extrema preocupação”.
O vice respondia à pergunta da plateia –formada por estudantes, professores e pesquisadores– sobre o papel dos militares no Planalto e a percepção do presidente Ernesto Geisel (1974-1979) de que governar não era tarefa das Forças –Geisel iniciou a transição do regime militar para o civil.
Sobre a comparação, Mourão declarou: “O general Geisel não foi eleito, eu fui”. Nesse momento, o vice-presidente foi ovacionado pelo público. Uma pessoa, porém, gritou “ditadura nunca mais” e foi rapidamente retirada do auditório por seguranças.
Apesar de afirmar que a conta de um eventual fracasso do governo vai para o colo dos militares, Mourão tentou minimizar o peso da farda na gestão de Bolsonaro.
Ele disse que o presidente é “mais político do que militar”, pois está no Congresso há quase 30 anos e que os auxiliares no comando de pastas importantes, como o GSI (Gabinete de Segurança Institucional), com o general Augusto Heleno, e a Secretaria de Governo, com o general Santos Cruz, já estavam na reserva.
Sob críticas de aliados de Bolsonaro por sua postura muitas vezes antagônica à do governo, Mourão fez questão de dizer que sua parceria com o presidente é total e que, quando o chefe do Planalto toma uma decisão, ele a acata.
Nas últimas semanas, Mourão tem se colocado do outro lado do tabuleiro nas principais polêmicas do governo. Na mais recente, enquanto Bolsonaro e seu ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, insistiam na ideia de que o nazismo foi um movimento de esquerda, Mourão disparou: “De esquerda é o comunismo, não resta nenhuma dúvida”.
O vice-presidente está nos EUA para uma série de compromissos entre Boston e Washington. Como mostrou a Folha de S.Paulo, o roteiro incomodou aliados de Bolsonaro, que avaliam os compromissos como reforço da tese de que o vice está tentando se firmar como figura plural e dissonante de Bolsonaro.
Continua depois da publicidade
“Bolsonaro é tão criticado e, muitas vezes, tão pouco compreendido: a visão
do presidente é muito clara, ele está trabalhando para as próximas gerações e
não para as próximas eleições, ele tem firme em sua mente que, em 1º de janeiro
de 2023, quando entregarmos o bastão para quem nos suceder, o país estará com
as reformas prontas”, disse Mourão, diante de um auditório lotado composto por
estudantes de Harvard, empresários e autoridades como o ex-presidente Fernando
Henrique Cardoso e o governador do Rio, Wilson Witzel, chamado de “dileto
amigo”.Mourão advertiu para o uso das redes sociais para disseminar o ódio. O vice-presidente tem sido alvo de diversos ataques do guru do bolsonarismo, Olavo de Carvalho, e os filhos do presidente frequentemente usam as mídias sociais para atacar opositores.
“A revolução tecnológica dos últimos anos não trouxe exclusivamente benefícios, a velocidade da disseminação das informações favorece o conhecimento, mas também permite que operadores fora do sistema se aproveitem dessas plataformas para fins destrutivos, muitas vezes violentos e para semear o ódio”, afirmou.
OS COMENTÁRIOS NÃO SÃO DE
RESPONSABILIDADES DO INTERVALO DA
NOTICIAS. OS COMENTÁRIOS IRÃO PARA ANALISE E SÓ SERÃO PUBLICADOS SE TIVEREM
OS NOMES COMPLETOS.
FOTOS PODERÃO SER USADAS MEDIANTE
AUTORIZAÇÃO OU CITAR A FONTE
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.