By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: G1 – Imagem: Fábio França (G1)
O presidente Jair Bolsonaro indicou nesta sexta-feira (5) que o
ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez, pode deixar o cargo na
segunda-feira (8).
"Segunda-feira vai ser o dia do 'fico ou não fico'", disse o presidente
na manhã desta sexta em um café da manhã com jornalistas no Palácio do
Planalto.
Bolsonaro também declarou à imprensa que "está bastante claro que não
está dando certo" o trabalho de Vélez no Ministério da Educação. Segundo
ele, "está faltando na gestão" da pasta.
"Na segunda tira a aliança da mão direita e, ou vai para a esquerda ou vai para a gaveta." (Jair Bolsonaro)
Após a divulgação das declarações de Bolsonaro aos jornalistas, o ministro da Educação foi questionado se sairia do ministério. "Agora não",
afirmou o ministro, que participou de um evento no interior de São
Paulo. Sobre a declaração de Bolsonaro, Vélez disse que não tinha sido
informado.
"Eu, pessoalmente, não tenho notícia disso. Pergunta a quem é de direito, quem falou isso", declarou Vélez.
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Crise e polêmicas no MEC
O Ministério da Educação, dono de um dos maiores orçamentos do governo
federal, vive uma crise que se arrasta desde a metade de janeiro. Uma
disputa interna opõe dois grupos que têm visões distintas de como a
pasta deve operar.
O saldo até agora é a demissão de mais de uma dezena de funcionários do
alto escalão, o cancelamento de decisões, os pedidos de desculpas e a
ameaça que essa crise significa para a execução de metas e programas
prioritários.
A polêmica mais recente envolvendo o ministro da Educação foi na
quarta-feira (3), quando Vélez afirmou que pretende fazer uma revisão
nos livros didáticos que contam a história do golpe de 1964 e da
ditadura militar no Brasil.
Em entrevista ao jornal Valor Econômico,
Vélez disse que “os livros serão entregues aos cientistas da área da
reconstituição desse passado para realmente termos consciência do que
fomos, do que somos e do que seremos”. As declarações do ministro
repercutiram entre educadores e historiadores, que afirmaram que a
revisão dos livros didáticos seria um retrocesso.
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