By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: G1 – Imagem: G1
O procurador Roberson Pozzobon disse nesta terça-feira (19) que o “bunker” de dinheiro de Paulo Vieira de Souza, preso na 60ª fase da Operação Lava Jato,
tinha o dobro de dinheiro do que o que havia no apartamento usado por
Geddel Vieira Lima para armazenar dinheiro de propina. Segundo o
procurador, o operador tinha cerca de R$ 100 milhões em espécie em dois
apartamentos em São Paulo.
O "bunker de Geddel" é como ficou conhecido o apartamento atribuído ao
ex-ministro e ex-deputado federal, onde a Polícia Federal encontrou em R$ 51 milhões em setembro de 2017.
Paulo Vieira de Souza é ligado ao PSDB e foi preso preventivamente
nesta terça (19).
Continua depois da publicidade
Ele deve ficar preso em São Paulo pelo menos até o dia
27 de fevereiro, porque precisa comparecer a audiências de processos
que responde na capital paulista
Agentes também cumpriram mandados de busca e apreensão em endereços
ligados ao ex-senador tucano Aloysio Nunes Ferreira Filho, suspeito de
receber propina da Odebrecht.
“Adir Assad revelou que Paulo Preto possuía entre cerca de R$ 100
milhões ou 110 milhões no Brasil em espécie, em notas, então imaginem
todos aqui o volume desse dinheiro. É muito volume. E esse dinheiro
estava acondicionado em dois endereços. Estava acondicionado num
endereço numa residência em São Paulo e também num apartamento que
segundo revelado por Adir Assad era o local onde Paulo Preto tinha um
bunker pra guardar as propinas”, disse Pozzobon.
O procurador comparou o volume de dinheiro ao encontrado em apartamento ligado a Geddel Vieira Lima.
"Se nós formos levar em consideração, talvez o bunker de Paulo Preto
tivesse o dobro do dinheiro do bunker de Geddel. O escárnio era tão
grande que Adir Assad revelou que não conseguiu buscar todos os valores
por si, então mandou emissários buscarem dinheiro nesse endereço de
Paulo Preto", disse o procurador.
Ainda conforme Pozzobon, eram preciso cuidados com as notas, para não estragarem.
"E esses emissários falaram: olha, as vezes a gente ia buscar o
dinheiro nesse apartamento, tinha um quarto só pra guardar notas de
dinheiro. Só que como era um quarto úmido, algumas vezes a gente via
Paulo Preto colocando as notas de reais pra tomar sol, porque senão elas
emboloravam. Isso foi revelado por auxiliares do Adir Assad", disse.
Roberson Pozzobon disse que, na delação, Adir Assad relatou como era feita a retirada do dinheiro em espécie.
Continua depois da publicidade
Cada mala, conforme o relato de Adir Assad, comportava cerca de R$ 1,5 milhão.
Questionado sobre a origem do dinheiro repassado por Paulo Vieira de
Souza à Odebrecht, o procurador explicou que os valores eram de
"múltiplos esquemas criminosos".
O que dizem os citados
O advogado de Paulo Vieira de Souza, André Gerheim, informou ao G1 que "não teve acesso a qualquer documentação" e não vai comentar.
A reportagem não teve retorno da defesa de Adir Assad.
Em nota, a Odebrecht afirmou que tem colaborado com as autoridades e
que continua comprometida com a uma atuação ética, íntegra e
transparente.
Em nota, o PSDB afirmou que não tem vínculos com Paulo Vieira de Souza.
Leia a íntegra da nota:
"O
PSDB esclarece que não é parte no processo em questão e não mantém
qualquer tipo de vinculo com o sr. Paulo Vieira, jamais recebeu qualquer
contrapartida de empresas nem autorizou terceiros a fazê-lo em seu
nome. Os recursos recebidos pelo partido, em período eleitoral ou não,
foram doados de maneira absolutamente legal e declarados à Justiça
Eleitoral, respeitando a legislação vigente".
Além da prisão de Paulo Vieira de Souza, agentes da Polícia Federal
cumpriram mandados de busca em endereços ligados ao ex-senador pelo PSDB
Aloysio Nunes Ferreira Filho. O ex-senador negou na manhã desta terça-feira qualquer envolvimento em esquema de propina da Odebrecht.
OS COMENTÁRIOS NÃO SÃO DE
RESPONSABILIDADES DO INTERVALO DA
NOTICIAS. OS COMENTÁRIOS IRÃO PARA ANALISE E SÓ SERÃO PUBLICADOS SE TIVEREM
OS NOMES COMPLETOS.
FOTOS PODERÃO SER USADAS MEDIANTE
AUTORIZAÇÃO OU CITAR A FONTE
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.