By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: G1 – Imagem: Najara Araujo (Câmara dos Deputados)
O presidente da Vale, Fabio Schvartsman, afirmou nesta quinta-feira (14) que a empresa "é uma joia brasileira" e não pode ser condenada pelo rompimento da barragem de Brumadinho, "por maior que tenha sido a tragédia".
O executivo falou durante audiência da comissão externa da Câmara dos Deputados que acompanha os desdobramentos do caso.
O presidente da empresa apresentou as principais medidas adotadas após o rompimento da barragem e defendeu a Vale.
Segundo ele, a empresa, uma das melhores que diz ter conhecido, não pode ser condenada por causa de um único acidente.
De acordo com o último balanço da Defesa Civil, 166 mortes foram confirmadas e 155 pessoas continuam desaparecidas.
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De acordo com o presidente da Vale, todos os processos adotados pela
Vale na operação de barragens serão revisados por órgão responsável pelo
licenciamento de barragens nos Estados Unidos, o U.S. Army Corps of
Engineers.
Segundo Schvartsman, a Vale entrou em contato com o órgão que, além de
revisar os processos, também poderá colaborar com eventuais mudanças no
código de mineração.
Barragens a montante
Em sua apresentação, Schavartsman afirmou que a Vale nunca construiu barragens pelo modelo “a montante” que é o mesmo método da barragem que se rompeu em Brumadinho e em Mariana, em 2015.
Segundo presidente da mineradora, todas as barragens “a montante” da
Vale foram compradas pela empresa após monitoramento das estruturas. A
empresa tem 19 barragens construídas pelo sistema “a montante” e já
anunciou que acabará com essas barragens em até três anos. Segundo a
Vale, nenhuma delas está sendo usada.
A barragem da Mina do Córrego do Feijão foi construída pela Farteco e depois adquirida pela Vale.
“É importante registrar que a Vale existe há 70 anos. O primeiro
acidente de barragem da Vale aconteceu agora em Feijão. Feijão não foi
construída pela Vale. A Vale não utiliza o método de construção a
montante em barragem nenhuma”, afirmou.
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O rompimento da barragem em Mariana (MG), em 2015, ocorreu na estrutura da mineradora Samarco, empresa formada por uma sociedade entre a Vale e a australiana BHP.
Indenizações
Na reunião, o presidente da Vale voltou a dizer que a companhia não vai
judicializar o processo de pagamento de indenizações e que quer
acelerar o pagamento para as famílias atingidas.
“A Vale quer acelerar esses pagamentos de indenizações. A gente não vai
optar por judicialização, vamos optar por acordo”, afirmou.
Em assembleia na noite desta quarta-feira (13) em Brumadinho, parentes
de vítimas, empregados e terceirizados da Vale atingidos pelo rompimento
da barragem rejeitaram o acordo proposto pela mineradora.
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