By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: NSC TOTAL – Imagem: Divulgação
O deputado federal Márcio Labre (PSL-RJ), voltou atrás e pediu a retirada de tramitação do projeto de lei protocolado por ele na segunda-feira (4), na Câmara dos Deputados, que previa a proibição da venda, anúncio e uso de anticoncepcionais como o DIU (dispositivo intrauterino), minipílula e pílula do dia seguinte no Brasil por considerá-los “microabortivos”.
Em uma nota de esclarecimento, publicada nas redes sociais, disse que houve “uma falha” e que “o projeto acabou passando 'batido' junto aos demais por mim aprovados. O que resultou na entrada de um projeto que, além de não me representar, não representa milhares de mulheres que confiaram seu voto em mim”.
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O comunicado segue dizendo que o objetivo do projeto, que será reapresentado em nova versão, é "informar sobre os efeitos dos medicamentos usados como contraceptivos que, na verdade, são microabortivos" — informação que não tem comprovação científica e é contestada pelos médicos.
Nesta quinta-feira, em uma live — um vídeo ao vivo no transmitido pelo Facebook — o deputado federal disse que recebeu ataques de "feminazis dizendo que não sou dono do corpo delas" e também de segmentos mais conservadores.
— Vamos dizer que eu estivesse defendendo acabar com os contraceptivos. Ainda que isso possa ser absurdo, a gente está defendendo a vida. Como alguém pode ir para a guilhotina por defender a vida? — afirmou.
Assunto é para especialistas
A médica ginecologista Luisa Aguiar da Silva, de Florianópolis, explica que nenhum dos métodos listados pelo deputado provoca o aborto. Embora ajam de diferentes maneiras no organismo, eles têm o mesmo objetivo: impedir a aproximação do espermatozoide do óvulo, com alterações no muco cervical e endométrio.
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— Em todos eles não há fecundação. Os métodos vão justamente impedir que ela exista — diz a médica.
Para a ginecologista, propostas como essa deveriam passar pelo crivo de especialistas, para evitar equívocos. O deputado que propôs a proibição dos anticoncepcionais se diz projetista, empresário e jornalista em sua biografia na Câmara dos Deputados.
— Os métodos são cada vez mais estimulados, porque temos muita gravidez indesejada no Brasil, inclusive na adolescência. Temos que ter o poder de cuidar de nosso corpo e de nossas escolhas. Na minha opinião, projetos assim deveriam passar pelas mãos dos especialistas. Não poderia ser apresentado sem que se saiba o que pode implicar, com informações equivocadas — comentou.
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