By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: G1 – Imagem: Divulgação
O homem suspeito de estuprar e matar a enteada de dois anos, no bairro da Vila Canária,
em Salvador, foi encontrado morto, na noite de segunda-feira (21), na
BA-526, mais conhecida como CIA-Aeroporto, em Simões Filho, na região
metropolitana da capital, segundo informou a Polícia Civil.
De acordo com a polícia, o laudo pericial do Departamento de Polícia
Técnica (DPT) confirmou, nesta terça-feira (22), que o corpo é de Edson
Neris Barbosa dos Santos. Ainda não há informações da autoria do
assassinato de Edson. O caso é investigado pela 1ª Delegacia de
homicídios de Salvador.
Segundo a Polícia Civil, Edson Neris estava com mandado de prisão
temporária em aberto. Ágatha Sophia morreu no domingo (20), após ser
estuprada e sofrer violência física, no bairro de Vila Canária, em
Salvador.
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A mãe da criança, Jéssica Silva, 21 anos, contou em entrevista ao G1, que Edson entregou a menina a ela enrolada em um pano, ainda na rua, após ter ligado para ela e avisado que a criança estava passando mal. Depois disso, ele fugiu e não foi mais visto.
Quando recebeu a filha machucada nos braços, a jovem pediu socorro aos
vizinhos. Um homem levou ela e a criança para a Unidade de Pronto
Atendimento (UPA) de São Marcos. A pequena Ágatha Sophia morreu antes de
chegar no local.
A constatação da morte da criança foi feita na UPA, quando os médicos informaram à mãe da menina que ela havia sido estuprada.
“Quando me disseram que ela tinha sido estuprada, eu não soube o que
pensar. Fiquei sem chão. Mandaram eu ligar para ele e fingir que ela não
estava morta, para tentar encontrar ele, mas ele não foi. Me disse que
seria preso. Eu fui do hospital para minha casa, para ver se encontrava
ele, mas ele não estava lá”, detalhou Jéssica, que é diarista.
Antes do enterro, Jéssica contou que estava sofrendo ameaças de
linchamento, depois da morte da filha, por pessoas que acham que ela
permitiu que o suspeito abusasse da filha.
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“Ligaram para a minha família para me ameaçar, dizendo que vão me linchar”, disse Jéssica, aos prantos.
De acordo com a diarista, o casal mantinha um relacionamento há um ano e
sete meses. Os dois começaram a morar juntos há cerca de um ano. Em uma
ocasião, ela lembra que ele chegou a agredí-la, mas Jéssica não
denunciou o caso à polícia. Com a criança, ela disse que Edson reclamava
quando a menina “fazia algo de errado”, mas que nunca agiu com
violência.
“Ele já me bateu, mas foi uma vez e parou. Nunca vi ele bater forte
nela [criança]. Ele reclamava com ela quando ela fazia coisa errada,
batia de leve na mão, mas nunca foi violento com ela”, afirmou.
O crime contra a criança é investigado por equipes da 2ª Delegacia de
Homicídios (2ª DH/Central), do Departamento de Homicídios e Proteção à
Pessoa (DHPP).
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