By: INTERVALO DA NOTICIAS
Texto: G1 – Imagem: Divulgação
Desde quarta-feira (2), criminosos realizaram ataques coletivos, prédios públicos, comércios e agências bancárias. Foram 159 ataques confirmados em 39 cidades. O Governo do Ceará confirmou que 170 pessoas foram presas. A Força Nacional foi chamada para reforçar a segurança no estado.
O ataque prejudicou a renda da cearense. O caminhão carregado com
frangos vivos foi interceptado por bandidos e incendiado na madrugada de
sábado (5), quarto dia da onda de violência, na cidade de Caucaia,
Região Metropolitana de Fortaleza. Bandidos ordenaram que o motorista e o
ajudante deixassem o veículo, jogaram combustível e atearam fogo.
Conforme Rosângela, todos as galinhas que seriam vendidas e
transportadas para um comércio no município morreram queimadas. Ela
disse, ainda, que o incêndio a prejudicou e que está sem trabalhar nos
últimos dias.
"Como continuar a trabalhar agora?", disse. Rosângela comentou também
que não conseguiu contabilizar todo o prejuízo, mas que ficou sem nenhum
meio para trabalhar e garantir o sustento da família.
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Serviços públicos afetados
Por conta da onda de violência, a coleta de lixo em alguns bairros da
Grande Fortaleza foi suspensa. Além disso, o transporte público sofreu
com interrupções e alterações nas rotas. Lojas da Enel, empresa
distribuidora de energia, suspendeu o atendimento na sexta-feira.
Caminhões de lixo precisaram escoltados por guardas municipais nesta
terça-feira (8) para conseguir realizar a coleta de lixo regular na
cidade.
O borracheiro Amarildo Albuquerque, de 48 anos, conta que a situação no
Bairro Presidente Kennedy, em Fortaleza, ficou complicada devido à
falta de coleta de lixo pelo bairro. A empresa Ecofor Ambiental tirou de
circulação os veículos na capital depois que um caminhão compactador
foi totalmente destruído por um incêndio.
“Por causa do tanto de lixo acumulado, aparece muito inseto. De dia, é
mosca; de noite, é tanta muriçoca que quase não deixa a gente dormir.
Ainda conforme o borracheiro, o serviço de coleta não é visto no bairro
desde a última quarta-feira (2), quando as facções criminosas iniciaram a
ofensiva. “E a gente que sofre com isso”, lamenta.
Perto dali, na Rua Frei Odilon, a paisagem urbana muda com o acúmulo de
lixo, que chega a tomar parte da via e dificulta a passagem de
pedestres.
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O aposentado Francisco Mendes, de 56 anos, encontrou uma
solução para o problema, ainda que de forma temporária. Há cinco dias
vendo os resíduos se avolumarem na frente de sua residência, ele decidiu
contratar um carroceiro para fazer a retirada do material.
“O mau cheiro que vinha do lixo não deixava nem a gente comer direito.
Aí foi preciso tirar um dinheiro do meu próprio bolso para que aqui
ficasse um pouco mais limpo. A gente enquanto cidadão já paga tanto
imposto para tanta coisa e quando surge um gasto a mais pode pesar no
orçamento, principalmente no do aposentado”, justificou.
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